Estilo de vida
14/07/2020 às 03:30•1 min de leitura
Pesquisadores acreditam ter encontrado novos indícios de que o misterioso Planeta Nove pode ser, na verdade, apenas um buraco negro. A suspeita surgiu após uma aglomeração de objetos cósmicos ser identificada perto de Netuno. A questão é este fenômeno pode ser gerado tanto por um planeta, quanto por um buraco negro em estado inicial.
Para solucionar essa dúvida, presente na astronomia há anos, cientistas de Harvard e da Black Hole Initiative estão liderando a missão LSST (Legacy Survey of Space and Time) e devem realizar novas observações pelo telescópio do Observatório Vera C. Rubin, ainda em construção no Chile.
A entrega do telescópio está prevista para 2022, mas um artigo sobre a empreitada já foi aceito pelo The Astrophysical Journal Letters. Segundo o texto, este equipamento analisará o Sistema Solar repetidamente, gerando uma base de dados nunca antes vista.
Com isto, os pesquisadores poderão identificar as explosões de acréscimo, um tipo de rastro em forma de luz que toda matéria deixa quando está se aproximando de um buraco negro.
O grupo estudará explosões próximas a nuvem de Oort, região extrema do Sistema Solar cheia de objetos trans-netunianos, que pode ser considerada uma espécie de "berçário" de cometas.
"Nas proximidades de um buraco negro, os pequenos corpos que se aproximam dele derretem como resultado do aquecimento do acúmulo de gás do meio interestelar no buraco negro", explicou um dos autores da pesquisa Amir Siraj, estudante de astronomia de Harvard.
Caso o estudo comprove a existência de um nono planeta no Sistema Solar, novas questões surgirão. "Encontrar o Planeta Nove é como descobrir um primo morando no galpão atrás de sua casa que você nunca conheceu", disse Loeb. "Isso imediatamente levantaria questões: por que ele está lá? Como conseguiu suas propriedades? Isso moldou a história do Sistema Solar? Há mais coisas como ele?"
Astrônomos divulgam nova teoria sobre o Planeta Nove via TecMundo