Ciência
04/08/2020 às 05:00•2 min de leitura
Arqueólogos descobriram ruínas da antiga civilização zapoteca no vilarejo de Santa Cruz Huehuepiaxtla, no México. A nova descoberta revelou duas estelas e pedras esculpidas. De acordo com a BBC, o sítio arqueológico em que as ruínas estavam foi encontrado pelos próprios moradores.
O local fica em um ponto estratégico no topo da montanha Cerro de Peña, no estado de Puebla, em uma altura de 1.845 metros. Os pesquisadores afirmam que o sítio teria tido sete pirâmides, uma área cerimonial e uma quadra de jogos no seu apogeu.
Os especialistas acreditam que os achados datam do século VI, o que é muito importante para entender a história da Mesoamérica antes da invasão dos espanhóis. Eles atribuem o sítio às pessoas da civilização zapoteca.
Uma das esculturas é uma figura com chifres e garras usando uma tanga, enquanto as outras representam, de acordo com os pesquisadores, uma águia, uma iguana e uma figura feminina que pode ser uma divindade semelhante a um morcego.
De acordo com José Alfredo Arellanes, do Instituto Nacional de Antropologia e História do México, foram encontrados 87 símbolos (ou glifos) até o momento. Para o site Ancient Origins, as esculturas indicam que o sítio arqueológico foi construído para o deus do submundo na cultura zapoteca.
O sítio arqueológico ficava em uma altura de quase 6 mil metros. (Fonte: Oro Noticias)
Conhecidos como "Pessoas das Nuvens", os zapotecas viveram nas terras altas do continente há 2,5 mil anos e eram conhecidos por sua arquitetura sofisticada e escrita baseada em glifos. Essa sociedade passou séculos na prosperidade, chegando a se defender dos astecas diversas vezes.
De religião politeísta, eles adoravam deuses que se relacionavam à agricultura e à vida selvagem, mas, quando os espanhóis chegaram, foram dizimados pelas pragas que eles trouxeram. Ainda hoje existem índios zapotecas no México que descendem diretamente do povo antigo.