Meteorito achado na Costa Rica pode ter traços da origem da vida

27/08/2020 às 09:002 min de leitura

Em abril de 2019, um asteroide do tamanho de uma máquina de lavar caiu na Terra e se espalhou por duas aldeias da Costa Rica. Um dos pedaço da rocha cósmica, que possui as cores do arco-íris, pode abrigar blocos de construção de vida, como proteínas e aminoácidos. 

O tal asteroide é considerado especial por ser um remanescente do início do Sistema Solar. Ele foi formado pela poeira cósmica giratória que deu origem à nossa vizinhança, que por sua vez surgiu de estrelas ainda mais antigas. Tratam-se de condritos carbonáceos, surgidos logo nas primeiras horas após a formação do Sistema Solar e que normalmente são envoltos em carbono. 

Os pedaços do asteroide foram chamados de Aguas Zarcas e contêm um composto de carbono bastante complexo, incluindo aminoácidos, que, por sua vez, se unem para formar proteínas e DNA. Além disso, esses meteoritos podem ter outros blocos necessários para o surgimento da vida.

Essas rochas espaciais não fizeram parte de nenhum planeta e permaneceram intactos desde sua formação. Ao longos dos milhões de anos, suas únicas alterações se deram a partir de reações químicas causadas pelos raios solares, que podem estimular a formação de compostos mais complexos.

O meteorito estudado possui cerca de 1 kg e atravessou o telhado de uma casa. Ele foi analisado ainda no local e estima-se que tenha mais de 4,5 bilhões de anos. (Fonte: Arizona State University)O meteorito estudado possui cerca de 1 kg e atravessou o telhado de uma casa. Ele foi analisado ainda no local e estima-se que tenha mais de 4,5 bilhões de anos. (Fonte: Arizona State University)

A descoberta é intrigante, pois o meteorito é muito semelhante a um que caiu na Austrália, em 1969, que também trazia aminoácidos. Essa antiga descoberta deu origem à ideia de que a vida na Terra pode ter surgido após a chegada de rochas espaciais em nosso planeta. A nova rocha também tem traços de aminoácidos nunca vistos em nosso planeta.

Agora, a equipe que está pesquisando o novo meteorito pretende aprofundar mais nas investigações. A ideia é usar técnicas modernas para tentar detectar a possível presença de proteínas. Tal estudo não pode mais ser feito no meteorito australiano, já que, se havia proteína nele, ela se degradou na atmosfera terrestre ao longo das décadas.

NOSSOS SITES

  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • TecMundo
  • Logo Mega Curioso
  • Logo Baixaki
  • Logo Click Jogos
  • Logo TecMundo

Pesquisas anteriores: