Estilo de vida
25/09/2020 às 10:00•2 min de leitura
Um release publicado nesta quinta-feira (24) no site da Universidade de Queensland na Austrália traz duas surpresas. Primeiramente, porque apresenta uma modelagem matemática que prova ser teoricamente possível viajar no tempo. E em segundo lugar porque esse novo modelo foi elaborado por um acadêmico do 4º ano do Bacharelado em Ciências Avançadas.
O aluno Germain Tobar vem investigando a possibilidade de viagem no tempo, juntamente com seu orientador, o dr. Fabio Costa. No artigo “Gravidade clássica e quântica”, Tobar utiliza as equações que Einstein criou para descrever os famosos loops de tempo, no qual um observador poderia interagir com seu próprio eu passado.
No entanto, isso traz à tona a questão se essa viagem poderia criar o chamado "paradoxo do avô", no qual o observador interage de forma a evitar sua própria viagem no tempo.
Os dois matemáticos recusam-se a aceitar a inconsistência lógica atribuída a uma viagem no tempo, e propõem dinâmicas complexas nas quais é teoricamente possível que alguém possa viajar dessa forma e mudar a realidade. Porém, alertam que o resultado disso pode ser frustrante.
O professor Costa dá um exemplo atual: “Digamos que você viajou no tempo na tentativa de impedir que o paciente zero da covid-19 fosse exposto ao vírus. No entanto, se você impedisse esse indivíduo de ser infectado, isso eliminaria a motivação inicial para você voltar e parar a pandemia”.
A dupla concorda que o universo se ajustaria. Embora o modelo descrito por eles envolva um mundo simplificado, onde causa e efeito são representados por bolas de bilhar quicando umas nas outras, aluno e professor asseguram que ambientes humanos mais complexos operam exatamente da mesma maneira.
Tobar afirma que: “No exemplo do paciente zero com coronavírus, você pode tentar impedir que o paciente zero seja infectado, mas, ao fazer isso, você pegaria o vírus e se tornaria o paciente zero, ou outra pessoa o faria”.
Ou seja, embora você possa mudar a história, teria que ser de tal forma que você ainda existisse e desejasse fazer essa viagem, evitando qualquer paradoxo.