Estilo de vida
06/10/2020 às 11:30•2 min de leitura
Cientistas encontraram o crânio de uma jovem inglesa que morreu logo após ser brutalmente mutilada próximo à localidade de Basingstoke. Estima-se que o ataque tenha ocorrido no século VIII ou IX e que seu nariz e lábio tenham sido cortados da face com o auxílio de uma lâmina afiada.
Ainda segundo os cientistas, é possível que a jovem também tenha sido escalpelada — ou seja, que parte do seu couro cabeludo tenha sido arrancada, também por meio de um instrumento afiado. Estão sendo feitos testes que confirmarão ou não essa hipótese, mas esse era um hábito comum à época.
A mulher inglesa esperou cerca de mil anos para ter sua ossada descoberta (as escavações são da década de 1960), mas foi necessário um pouco mais de paciência até que os cientistas se debruçassem sobre seu caso.
Recentemente, a equipe se deu conta de que o crânio da jovem estava coberto de terra e, portanto, não havia sido examinado. Por isso, apenas nos últimos meses sua história pôde ser contada na revista Antiquity, da Universidade de Oxford — a boa notícia é que a tecnologia vem facilitando a análise.
Ao que se sabe, trata-se de uma jovem de 15 a 18 anos que foi agredida com um instrumento de corte de ferro. A julgar pela autópsia tardia, os ferimentos causados na extração de partes da boca e do nariz não cicatrizaram, o que indica que ela morreu logo após o ataque.
Os arqueólogos acreditam ainda que o crime possa estar relacionado a uma possível punição pelos hábitos sexuais da jovem. A mutilação possui alto nível de formalidade, segundo os pesquisadores, o que indica um método ritualizado e preciso.
Isso faz sentido ao se considerar que o rosto é uma região bastante irrigada. Assim, danos mais profundos podem ter causado uma hemorragia intensa e causado a morte da jovem por sufocamento.