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10/12/2020 às 13:00•2 min de leitura
Cientistas descobriram que as Ilhas Aleutas, no Alasca, podem esconder um enorme vulcão debaixo d’água. Conforme o estudo apresentado nesta segunda-feira (09) no encontro anual da União Geofísica Americana, uma cadeia de seis vulcões na região estaria conectada a outro muito maior. Em um comunicado, a equipe indicou que, se a teoria for confirmada, este será a primeiro vulcão totalmente submerso da região.
A teoria foi elaborada após a análise da atividade sistêmica e emissões de gases dos seis vulcões, além de cálculos de gravidade e geoquímica. Os dados recolhidos levam à uma fonte muito maior: “um grande caldeira vulcânica desconhecida totalmente sobreposta por depósitos recentes e pelo oceano”, afirmam os pesquisadores.
As Ilhas Aleutas, também conhecidas como as Ilhas das Quatro Montanhas, abrigam 40 vulcões ativos e 17 fora de atividade. Segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), sua extensão de 3 mil km alcança o território do Alasca e da Rússia.
Essas estruturas se formam quando enormes reservas de magma na crosta terrestre explodem em uma erupção maciça, o que é causado por uma pressão excessiva. Com isso, o vulcão entra em colapso, deixando uma depressão para trás. Como se pode ver na imagem acima, essa depressão normalmente acumula água.
Para fins de comparação, vulcões como os da Ilhas Aleutas se formam a partir do longo acúmulo de lava, cinzas e pedras. Diferentemente das caldeiras, sua energia eruptiva é extraída de reservas medianas no subsolo.
Se realmente existir um enorme vulcão submerso na região, isso explicaria a intensa atividade do vulcão Cleveland. Este é um dos seis que compõem a cadeia vulcânica analisada pelos pesquisadores. Atualmente, ele é considerado o vulcão mais ativo de toda a América do Norte.
No entanto, será necessário realizar estudos mais aprofundados para confirmar a teoria. “Nossa esperança é retornar às Ilhas das Quatro Montanhas e olhar mais de perto o fundo do mar, estudar as rochas vulcânicas com mais detalhes, coletar mais dados sísmicos e dados de gravidade, e amostras de mais áreas geotérmicas “, disse a vulcanologista e coautora do estudo, Diana Roman, em um comunicado.