Ciência
05/01/2021 às 08:00•1 min de leitura
Arqueólogos da cidade de Luyong, China, encontraram vestígios que apontam para o local onde o imperador Liu Zhi, último líder da Dinastia Han (de 25 a 220 d.C.), foi enterrado. O direcionamento foi possível graças a inscrições presentes em um vaso de pedra datado de quase 2 mil anos, que aparentemente foi construído em um local de homenagem à vida de Zhi.
Durante investigações nas ruínas de um mausoléu próximo à vila de Baicaopo, em Luoyang, escavadores locais encontraram um antigo vaso de pedra em formato de bacia, com cerca de 25 centímetros de altura e uma circunferência de mais de 60 centímetros. A estimativa sobre a era em que o artefato foi fabricado contou com a ajuda de uma informação relevante identificada no próprio item, com a inscrição “terceiro ano de Guanghe” em sua estrutura, fazendo referência ao ano de 180 d.C.
O mausoléu que abrigava o vaso de pedra se junta, então, a mais de 100 tumbas catalogadas pela equipe de pesquisadores desde o ano de 2017, quando as primeiras descobertas na região revelaram um cemitério próximo à vila de Baicaopo. “Junto com os documentos anteriores sobre a localização da tumba do imperador, a descoberta nos dá quase certeza de que é a tumba do imperador Liu Zhi”, disse Wang Xianqiu, líder do projeto, em entrevista para o jornal Xinhua. Até o momento, foram encontrados quintais, corredores, poços e mais estruturas no santuário de Liu Zhi.
Segundo a literatura antiga, o “palácio para os mortos” subterrâneo também era um enorme complexo residencial, com uma estrutura hierárquica onde administradores do cemitério, guardas, concubinas de baixo escalão e outros trabalhadores habitavam, de modo a se responsabilizarem pelo zelo ao túmulo do imperador.