Estilo de vida
28/01/2021 às 10:00•2 min de leitura
Mesmo com os acontecimentos desastrosos que permearam 2020, como por exemplo a pandemia do novo coronavírus, a Terra ainda não se aproximou do fim dos tempos. Pelo menos é isso que mostra o ponteiro do Relógio do Apocalipse, um cronômetro hipotético que analisa as probabilidades da aniquilação humana no futuro.
Em relatório oficial, a ONG que cuida do andamento do relógio, Bulletin of the Atomic Scientists (BAS), afirmou que neste ano ele deve permanecer marcando o mesmo horário apresentado em 2020: 100 segundos para a meia-noite. O fim das 24 horas, na tese científica, representa o momento exato do apocalipse.
Por mais que o congelamento dos ponteiros em 2021 possa soar como uma notícia positiva para os seres humanos, a humanidade encontra-se no seu ponto mais próximo do fim desde que o Relógio do Apocalipse foi apresentado há mais de 60 anos na tentativa de controlar os avanços e retrocessos científicos de nossa raça.
Com o avanço de vírus poderosos como o SARS-CoV-2, causador da Covid-19; falta de progresso na redução de armamentos nucleares; e mitigação insuficiente das mudanças climáticas, a BAS decidiu congelar os ponteiros em uma tentativa de “acordar a humanidade” para o que pode acontecer caso nada seja feito.
Em comunicado à imprensa, a presidente da BAS, Rachel Bronson, chamou a atenção para a falta de preparo da comunidade internacional. “Governos ao redor do mundo abdicaram de suas responsabilidades, não cooperaram e, consequentemente, falharam em proteger a saúde e bem-estar de seus cidadãos”, criticou.
O ponteiro mostrado pelo Relógio do Apocalipse é decidido através do esforço conjunto de um conselho de cientistas parceiros do BAS — que conta com a presença de 13 vencedores do Prêmio Nobel. Durante os últimos anos, o relógio apresentou uma aceleração de tempo jamais vista pela humanidade.
Em 2018, as horas marcavam dois minutos para a meia-noite. A última vez que a ferramenta sofreu tamanho impacto foi em 1953, quando a tensão entre os Estados Unidos e a então União Soviética escalava durante a Guerra Fria e ambas as nações haviam conduzido testes para bombas de hidrogênio.
Quando foi inaugurado em 1947, o Relógio do Apocalipse marcava sete minutos para a meia-noite, quando a imergência das bombas atômicas eram a maior preocupação para a Terra. Agora, os cientistas tentam criar um estado de alerta geral para o que pode acontecer caso os seres humanos sigam vivendo de maneira inconsequente.