Artes/cultura
04/02/2021 às 03:00•2 min de leitura
Um farmacêutico de 46 anos que atuava no estado norte-americano de Winsconsin foi preso após sabotar um lote de vacinas contra a covid-19. Steven Brandenburg aproveitou o cargo de confiança para deixar frascos propositalmente fora da refrigeração adequada, levando ao descarte do material.
Segundo o site Daily Beast, Brandenburg trabalhava no turno da noite no Aurora Medical Center, que fica na cidade de Aurora.
Ele aproveitou a madrugada da véspera de Natal, em 24 de dezembro de 2020, para realizar a ação. Porém, o rapaz não contava com as suspeitas dos próprios colegas, baseados em conversas anteriores em momentos de pausa.
As suspeitas caíram sobre Brandenburg graças ao seu comportamento de acreditar e disseminar teorias da conspiração. Ele acredita na terra plana, defende que o céu é “um escudo instalado pelo governo para nos impedir de ver Deus” e acha que o Juízo Final está próximo.
Além disso, ele também defendia para os próprios colegas de trabalho que a vacina contra o novo coronavírus causaria infertilidade, além de implantar um microchip nos pacientes.
Na véspera de Natal, Brandenburg aproveitou o baixo movimento e tirou da refrigeração um lote de 57 frascos da vacina da Moderna. Após três horas em temperatura ambiente, ele guardou o material para não despertar suspeitas. No dia seguinte, entretanto, ele voltou a remover as caixas, que equivalem a pouco mais de 500 doses, e não colocou elas de volta no equipamento.
Uma colega encontrou as doses no dia seguinte e reportou o incidente. O hospital foi obrigado a descartar as doses, mas algumas pessoas teriam recebido a vacina sem eficiência garantida — depois rastreadas e comunicadas sobre o que aconteceu. Uma investigação interna questionou o rapaz, que confirmou a ação sem resistência após as suspeitas de outros farmacêuticos.
O farmacêutico foi preso no dia 31 de dezembro e se declarou culpado de conscientemente estragar a efetividade das vacinas. Ele foi demitido e agora vai responder em julgamento a um processo que pode resultar em até nove meses de prisão, além de uma multa de US$ 10 mil.