Peixe de 66 milhões de anos tinha tamanho de um tubarão-branco

05/03/2021 às 09:002 min de leitura

Cientistas da Universidade de Portsmouth, Inglaterra, descobriram por acidente uma espécie de peixe ancestral que cresceu o bastante para ser do tamanho de um tubarão-branco, datada de 66 milhões de anos. Segundo historiadores, o animal seria o maior espécime da ordem coelacanths, com um tamanho em particular de 5,2 metros de comprimento.

A identificação da enorme criatura foi realizada pelo professor David Martill, paleontólogo da Universidade de Portsmouth, que foi convocado por um colecionador de Londres para avaliar um artefato comprado. Por sorte, o colega de trabalho de Martill havia adquirido um fóssil de um vendedor em Marrocos acreditando que seria uma peça do crânio de um pterodáctilo, mas estava completamente errado sobre sua natureza, como seria comprovado logo em seguida.

(Fonte: Universidade de Portsmouth / Reprodução)(Fonte: Universidade de Portsmouth / Reprodução)

"As finas placas ósseas foram dispostas como um barril, mas com os bastões dando voltas em vez de irem de cima para baixo. Apenas um animal tem tal estrutura e é o coelacanth - nós encontramos um pulmão ósseo deste peixe notável e bizarro", disse Martill. 

(Fonte: Universidade de Portsmouth / Reprodução)(Fonte: Universidade de Portsmouth / Reprodução)

Logo em seguida, o paleontólogo conseguiu a permissão para remover o fóssil da laje original e entrou em contato com o brasileiro Dr. Paulo Brito, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que estudou coelacanths por mais de 20 anos e é um especialista em seus pulmões. As suspeitas foram então confirmadas e os pesquisadores afirmaram que a nova espécie da ordem vivia em oceano aberto e era consideravelmente maior que seus familiares.

Uma aparição repentina

Os coelacanths apareceram pela primeira vez há 400 milhões de anos, em tamanhos médios de 3 a 4 metros de comprimento. Porém, após especialistas acreditarem que os animais estavam extintos há muito tempo, foi encontrado um indivíduo vivo na África do Sul, em 1938, com 1,8 metro de comprimento, evento que lhe deu a alcunha de "fóssil vivo". O desaparecimento da ordem ainda é um mistério até hoje e os especialistas descartam a existência de espécimes gigantes.

O fóssil foi devolvido para Marrocos, onde fará parte do Departamento de Geologia da Universidade Hassan II, em Casablanca.

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