Artes/cultura
05/03/2021 às 15:30•1 min de leitura
Um novo estudo realizado pela Universidade de Washington sugere que a sensação de nojo é um mecanismo de defesa do corpo humano e ajuda a evitar o risco de doenças e infecções. Publicado no jornal Proceedings of the National Academy of Sciences, o estudo analisou o pessoal com maior propensão ao sentimento de nojo e o índice de doenças registradas nesses mesmos indivíduos.
Segundo o resultado, as pessoas que mais sentem nojo são expostas a muito menos agentes nocivos. Com isso, elas também ficam doentes com menos frequência e raramente têm infecções.
O estudo foi realizado com comunidades indígenas com diferentes hábitos e níveis de desenvolvimento socioeconômico. Por isso, os pesquisadores concluíram também que os entrevistados vivendo em áreas muito expostas aos vírus e bactérias nem sempre têm o luxo de sentir nojo em atividades diárias.
Esse é o caso de comunidades que precisam caçar seus próprios alimentos, por exemplo. Sendo assim, esses indivíduos não costumam sentir nojo com tanta frequência. Porém, aqueles que vivem em comunidades mais desenvolvidas e podem evitar esses hábitos costumam se sentir mais enjoados.
(Fonte: Pixabay)
Outro aspecto considerado pelo estudo foi o aspecto cultural dessas diferentes comunidades. Por exemplo, uma delas inclui insetos em sua dieta diária, enquanto a maioria das pessoas sente nojo de comer insetos. Portanto, é preciso analisar os aspectos culturais para entender como o nojo pode realmente agir como um mecanismo de defesa do organismo.
A nova pesquisa defende que o nojo, como emoção, pode limitar a exposição aos agentes que causam as doenças. Afinal, a sensação incentiva hábitos de higiene como lavar as mãos, higienizar superfícies antes de comer e lavar os alimentos que serão ingeridos. Por isso, a conclusão dos pesquisadores é que, mesmo em níveis diferentes, sentir nojo pode, de fato, ajudar você a evitar muitas doenças.