
Ciência
30/03/2021 às 06:00•2 min de leitura
A região de Campanha, ao sul de Nápoles, na Itália, recebe anualmente milhões de turistas, que chegam ao local para conhecer um pouco da história do Império Romano, mas principalmente para testemunhar uma das maiores catástrofes naturais já registradas: a erupção do Monte Vesúvio em 79 d.C. que soterrou a cidade de Pompeia com cinzas, lava e pedras.
Fonte: Shutterstock
Publicada no início deste mês (2), na revista Scientific Reports, uma pesquisa conduzida por cientistas da Universidade de Bari conseguiu reconstruir o efeito da duração do fluxo piroclástico (mistura de gás quente, lava, cinzas e rochas) sobre os cidadãos da cidade.
Nesse tipo de estudo, geralmente a ênfase é dirigida à pressão dinâmica do fluxo e à temperatura. Porém, a pesquisa atual abordou a duração do fluxo, que trouxe à tona a questão de que a sobrevivência de pessoas mergulhadas nesse tipo de corrente depende diretamente do tempo de exposição.
Fonte: Dellino et al./Divulgação
A histórica erupção do chamado complexo Somma-Vesúvio foi utilizada pelos cientistas para demonstrar o impacto das correntes de densidade piroclástica em seres humanos. A investigação restringiu-se a Pompeia, situada a 23 km do vulcão, pois a outra cidade destruída, Herculano, por ficar ao pé do monte, teve a população instantaneamente dizimada pela alta temperatura e intensidade do fluxo.
Em Pompeia, no entanto, os pesquisadores utilizaram um novo modelo de medição, pois a corrente tinha baixa intensidade e baixa temperatura, o que pode ser comprovado pela inexistência de qualquer tipo de trauma nos cadáveres.
Fonte: Parco Archeologico di Pompei/AP/Reprodução
Em tais condições extremas, estima-se que a sobrevivência poderia ter sido possível se a corrente durasse alguns poucos minutos ou menos. Mas não foi o que ocorreu: os cálculos revelaram uma duração de fluxo de 17 minutos, considerado tempo suficiente para tornar altamente letal a respiração das cinzas suspensas na corrente.
A conclusão do estudo, que pode servir para o planejamento de emergência para erupções explosivas, é de que, nas regiões periféricas das correntes de densidade piroclástica, o principal risco à vida é a asfixia por inalação de cinzas, e não a lesão térmica ou mecânica, como se acreditava.
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