Estilo de vida
04/04/2021 às 07:00•2 min de leitura
Caso um dia os seres humanos precisem se mudar da Terra, a Via Láctea possui algumas opções interessantes para hospedar a vida terráquea. De acordo com um novo estudo feito por astrônomos italianos, é possível que o centro da galáxia possua destinos interessantes para a construção de uma nova civilização.
Para a realização do documento, os pesquisadores levaram em conta locais onde poderosas explosões cósmicas podem ter matado vidas no passado. Essas explosões, como supernovas e rajadas de raios gama, expelem partículas de alta energia e radiação que podem fragmentar o DNA e impossibilitar a vida humana. Portanto, as regiões que são mais hospitaleiras à vida são aquelas sem explosões frequentes
(Fonte: Wikimedia Commons)
Na visão do astrônomo da Universidade de Insubria, na Itália, Riccardo Spinelli, as explosões cósmicas precisam ser levadas em consideração para a existência de vida na nossa galáxia. "Esses eventos têm contribuído para colocar em risco a vida na maior parte da Via Láctea", afirmou Spinelli durante o estudo.
Além de identificar os cantos mais mortíferos próximos à Terra, os astrônomos também identificaram quais seriam os lugares mais seguros espalhados pela galáxia nos últimos 11 bilhões de anos. No passado, as bordas da Via Láctea eram mais seguras para hospedar vida, mas a tendência parece ter se invertido para os próximos milênios.
Ao que tudo indica, para sorte dos seres humanos, a vizinhança galáctica está se tornando cada vez mais favorável à vida. Dessa forma, haverá menos eventos extremos próximos que poderiam causar outra extinção em massa e o centro da galáxia se tornará um destino interessante para uma possível nova casa.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Diversos fatores precisam ser levados em consideração para quem um planeta seja considerado habitável. Segundo os astrônomos, o primeiro requisito é que ele se encontre na "zona dos cachos de ouro", uma região na Via Láctea onde o calor e atividade solar não seja é tão intenso.
Além disso, esses astros precisam ser favoráveis para que a vida consiga combater a radiação prejudicial proveniente do espaço interestelar. A radiação vinda das supernovas e dos raios gama, por exemplo, viajam próximas à velocidade da luz e podem retirar planetas inteiros de suas atmosferas — o que poderia ter sido um fator fundamental na extinção dos dinossauros.
Ainda em busca de dados mais concretos sobre a existência de planetas habitáveis, a equipe de pesquisadores ressaltou que o cenário inicial é bastante positivo e a ciência deve obter mais informações sobre destinos prováveis em um futuro próximo.