Artes/cultura
21/04/2021 às 05:00•2 min de leitura
Nesta época de pandemia global causada por um vírus desconhecido até pouco tempo, é mais que compreensível surgirem dúvidas quanto ao desenvolvimento de doenças dessa categoria. Saiba, a seguir o que são os vírus e como acontece uma infecção viral.
Não se sabe ao certo se vírus podem ser considerados seres vivos legítimos. (Fonte: Unsplash)
Os vírus são constituídos por duas estruturas: a cerne (genoma, DNA, RNA ou ambos, que fica em sua parte central) e capsídeo (uma "capa" que o envolve, formada por proteína). Alguns deles possuem, ainda, um envelope, formado por fósforo e lipídeos.
Há uma dúvida, inclusive, sobre o caráter de ser vivo dos vírus, já que eles são compostos por um material genético desordenado.
Esses seres são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, uma vez que precisam adentrar uma célula para se reproduzirem. Eles têm um tamanho de, cerca de, uma célula dividida em 15 partes.
Contaminação viral pode acontecer de diversas maneiras a depender do agente causador. (Fonte: Pexels)
A transmissão viral pode acontecer das mais diferentes formas: através do contato sexual, pela via sanguínea, durante a amamentação, no contato com secreções, ingestão de alimentos contaminados, por picadas de vetores, entre outras.
A partir da transmissão, acontece um fenômeno chamado de adsorção viral: após entrar no organismo, o vírus encontra uma célula que tenha, em sua membrana, receptores que se identifiquem às suas moléculas. O local do organismo em que isso acontece varia tanto quanto a diversidade de vírus existente.
Após conectado à célula, o microrganismo causador da doença coloca seu material genético dentro dela, realizando a penetração. Já a entrada total do vírus é chamada de endocitose.
A última etapa de associação à célula acontece quando o material genético dela e do vírus são agregados no citoplasma celular. A partir daí, o material viral passa a ser sintetizado e replicado.
Vacina é única forma de criar resposta imunológica sem contato direto com agente patológico. (Fonte: Pixabay)
Normalmente, em organismos saudáveis, a célula gera uma resposta inflamatória, na intenção de eliminar o corpo estranho, a partir do rompimento de sua membrana, liberando o agente patogênico e, consequentemente, causando sua morte ou lise. Nos vírus envelopados, parte dessa estrutura envolve-os.
Com a propagação dos agentes, novas organizações celulares são infectadas, no interior do organismo ou fora dele (em busca de novos hospedeiros) e podem permanecer no ambiente à espera de uma nova infecção.
Quando já houve contato com determinado patógeno, é mais fácil que o corpo tenha uma resposta imunológica a ele, impedindo doenças graves. No caso de pandemias como a que estamos vivendo, essa memória não existe, podendo intensificar suas ações.
Portanto, todo cuidado é pouco com a descoberta de um novo vírus, assim como a vacina se torna essencial para antecipar a imunidade contra qualquer um deles.