Ciência
04/05/2021 às 07:00•2 min de leitura
A arena central do Coliseu vai ganhar um novo piso retrátil, que dará aos visitantes a oportunidade de conhecer de perto a área onde os gladiadores lutavam na Roma antiga. O anúncio foi feito pelo Ministério da Cultura da Itália nesse domingo (2), revelando alguns detalhes da reforma que deve começar ainda em 2021.
“É um projeto extraordinário”, comentou o ministro da cultura italiano Dario Franceschini. Ele disse ainda que a novidade vai ajudar na conservação da estrutura arqueológica e a recuperar a imagem original do famoso anfiteatro romano, considerado patrimônio da humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
O projeto, que segundo a BBC terá um custo total de 18,5 milhões de euros, o equivalente a R$ 121 milhões pela cotação do dia, será gerenciado por uma empresa de engenharia de Milão. Ele inclui o uso de uma estrutura leve, recoberta de accoya, uma madeira resistente que pode ser desmontada por completo, se necessário.
(Fonte: Unsplash)
Um sistema de rotação também estará presente, permitindo a iluminação e a ventilação natural das passagens subterrâneas. Haverá um mecanismo de coleta de água da chuva para evitar danos às ruínas, possibilitando ainda usá-la nos banheiros públicos da estrutura.
Construído no ano 80 d.C., o Coliseu de Roma teve o piso original da arena de luta dos gladiadores e animais selvagens retirado em 1800, época em que arqueólogos iniciaram a escavação dos túneis subterrâneos do anfiteatro.
Nesta área abaixo do nível do solo ficam as salas e os corredores onde os lutadores e os animais eram mantidos antes do início das batalhas, setor que poderá ser melhor protegido das ações do tempo com este novo projeto.
A arena deve ficar assim após a reforma. (Fonte: Twitter/Dario Franceschini)
A expectativa é de que o novo piso do Coliseu seja inaugurado em 2023, com 3 mil m² de área, possibilitando o uso da arena também para grandes atividades culturais, mas sem transformá-la em uma casa de espetáculos.
O monumento, que recebia cerca de 25 mil visitantes por dia antes da pandemia do novo coronavírus, foi reaberto aos turistas no final de abril, após a flexibilização das restrições causadas pela crise sanitária, recebendo um número reduzido de convidados.