Estilo de vida
29/05/2021 às 09:00•3 min de leitura
Quando se trata de múmias, as egípcias muitas vezes são as mais conhecidas, com os restos mortais preservados dos faraós Tutancâmon e Ramsés II sendo extremamente famosos. Contudo, existem outros exemplares que possuem histórias fantásticas, e separamos 6 delas para você poder conferir abaixo:
Peder Winstrup foi uma figura religiosa proeminente em sua época, tendo sido enterrado na Catedral de Lund, na Suécia, em 1679. Mas sua importância não diminuiu com a morte, pois seu cadáver é considerado um dos mais bem preservados do século XVII e conta com um detalhe incomum: escondido atrás das pernas de Peder foi encontrado o esqueleto de um bebê.
(Fonte: Universidade de Lund/Reprodução)
Por mais que enterrar infantes com adultos não fosse nada incomum durante o período no qual Winstrup viveu, ainda havia a pergunta sobre o motivo dos dois corpos compartilharem o mesmo túmulo.
Os estudiosos já sabiam que o bebê era do sexo masculino e havia nascido morto, mas foi só este ano que testes de DNA revelaram que ele compartilhava 25% dos genes do bispo, e após uma análise dos registros genealógicos de Winstrup, os pesquisadores chegaram a conclusão que a criança era neta de Peder.
Embora não haja informações que comprovem que o religioso teve mesmo um filho, esta conexão familiar poderia explicar o mistério por trás da união do bispo e do bebê.
Em 2018, a equipe do Museu Maidstone, na Inglaterra, decidiu aproveitar estarem investigando uma de suas múmias humanas com o scanner e utilizar o aparelho para avaliar alguns dos animais mumificados.
(Fonte: Universidade de Western/Reprodução)
E para a surpresa dos pesquisadores, os supostos restos mortais de um falcão que estavam guardados em uma caixa muito bem decorada, na verdade, não pertenciam a um pássaro, mas sim a um bebê humano com diversas más formações.
O infante era anencefálico, o que provavelmente deve ter causado sua morte logo após o nascimento, além de possuir deformações no crânio, coluna, palato e lábios. O mais incomum sobre toda a situação é que os antigos egípcios costumavam enterrar suas crianças em potes, e o enterro do recém-nascido rompeu esta tradição, provando que ele era claramente valorizado por seus entes queridos.
No século XIX, a equipe da Universidade de Varsóvia ficou entusiasmada ao receber a suposta múmia de um importante sacerdote egípcio chamado Hor-Djehuty.
Porém, naquela época, o comércio de corpos mumificados estava em seu auge, e contava com diversos "vendedores" desonestos que realizam golpes, trocando colocando qualquer corpo humano mumificado em sarcófagos e os comercializando como figuras proeminentes.
(Fonte: Warsaw Mummy Project/Reprodução)
E quando o corpo de Hor-Djehuty foi radiografado em 2016, os temores da equipe da universidade foram confirmados: seus antecessores haviam sido vítimas de uma dessas falcatruas.
Porém, o exame também revelou algo incrível. Os restos pertenciam a uma mulher desconhecida que estava grávida de seis ou sete meses, e por um motivo que ainda não está claro, o feto não foi removido durante o processo de mumificação.
Então, mesmo sem o cadáver de um antigo sacerdote egípcio, a Universidade de Varsóvia ainda possui algo extremamente raro: a múmia grávida, o único exemplar descoberto no mundo inteiro.
Em 2000, diversas pessoas foram presas no Paquistão tentando vender uma múmia. O corpo confiscado foi enviado ao Museu Nacional de Karachi para análise, e a equipe acabou afirmando em uma entrevista coletiva que pertencia a uma princesa da Pérsia que teria morrido por volta de 600 a.C.
Essa descoberta parecia tão incrível e rara que o Irã e o Paquistão começaram a disputar quem era seu verdadeiro dono, até mais avaliações apontarem problemas preocupantes.
(Fonte: Listverse/Reprodução)
A escrita no peitoral continha erros gramaticais, o nome, Rhodugune parecia mais grego do que persa, e além disso, a esteira de junco junto ao corpo tinha apenas 50 anos de idade. Inicialmente, acreditou-se que era mais uma fraude do "mercado das múmias", mas a verdade era mais assustadora: a mulher havia falecido em 1996, quando seu pescoço foi quebrado e um objeto contundente fraturou sua coluna.
Até hoje não se sabe a identidade da "falsa princesa", os acontecimentos que levaram à sua morte e principalmente quem mumificou seu corpo.
Uma avaliação realizada pelo Museu de Israel, em Jerusalém, de uma múmia egípcia com cerca de 2.200 anos revelou algo surpreendente. O cadáver, apelidado de Alex, aparentemente era um sacerdote de prestígio, e teria morrido entre seus 30 a 40 anos devido a um estilo de vida sedentário.
(Fonte: Museu de Israel/Reprodução)
Por mais que a faixa etária não pareça tão surpreendente, a realidade é que o homem morreu relativamente jovem para alguém que possuía um status tão elevado no Egito Antigo. Os pesquisadores acreditam que por consumir muitos carboidratos, passar longos tempos sentados e não tomar sol, Alex teria desenvolvido problemas cardíacos sérios e uma osteoporose tão severa que diminuiu sua altura para um metro e meio!
Takabuti foi a primeira múmia egípcia a chegar à Irlanda, desembarcando no país em 1834. Os hieróglifos em seu sarcófago explicavam que era filha de um sacerdote e que havia morrido com cerca de 20 anos em 660 a.C.
(Fonte: Museu Ulster/Reprodução)
O grande mistério para os pesquisadores era o motivo por ter falecido tão jovem, e as análises em seus restos mortais realizadas pela Universidade de Queens, no Canadá, juntamente com os Museus Nacionais da Irlanda do Norte revelaram uma verdade assustadora: a mulher foi violentamente esfaqueada pelas costas.