Ciência
08/07/2021 às 13:00•2 min de leitura
O pintor, artista, inventor e escultor Leonardo Da Vinci, que morreu em 1519, tem 14 descendentes diretos vivos do sexo masculino. É o que aponta um estudo de mais de uma década liderado pelos historiadores Alessandro Vezzosi e Agnese Sabato, publicado na revista Human Revolution na terça-feira (6).
Com o objetivo de reconstruir o perfil genealógico de Da Vinci, os autores precisaram percorrer 690 anos de história, passando por 21 gerações e cinco ramos familiares. Eles partiram de Michelle Da Vinci, patriarca da família, nascido em 1331, e chegaram aos descendentes diretos do pai do autor da Mona Lisa, integrante da quinta geração.
Fazendo parte da sexta geração dos Da Vinci, o gênio italiano nunca se casou nem teve filhos. Mas traçando uma linha contínua entre os seus parentes da linhagem masculina, usando registros de cartórios e documentos históricos, Vezzosi e Sabato encontraram os familiares atualmente vivos.
(Fonte: Unsplash)
De acordo com Vessozi, os parentes vivos de Leonardo Da Vinci possuem idades entre 1 e 85 anos e não moram na cidade que dá nome à família. Eles vivem em municípios vizinhos e foram encontrados até em Versilia, na costa da Toscana, e têm ocupações como estofador, ferreiro, chef de cozinha, escriturário, artesão e agrimensor.
Falecido aos 67 anos de idade no início do século XVI, o polímata foi enterrado na capela de Saint-Florentin, que fica em Amboise, na França. No entanto, o local foi deixado em ruínas depois da Revolução Francesa e acabou sendo demolido posteriormente.
Relatos dão conta de que o esqueleto dele foi transferido para a capela de Saint-Hubert, também no território francês. Mas até hoje não se sabe se os restos mortais realmente pertencem a Da Vinci, dúvida que poderá ser solucionada com esta descoberta revelada agora, por meio da análise de DNA.
"O Homem Vitruviano", de Leonardo Da Vinci. (Fonte: Wikimedia Commons)
Comparando o cromossomo Y dos ossos enterrados na França com o cromossomo Y dos descendentes diretos vivos, os pesquisadores esperam determinar se o esqueleto é realmente do famoso renascentista.
Decifrar o código genético de Da Vinci também permitirá comprovar a autenticidade das suas obras de arte, notas e invenções, além de fornecer elementos para explorar, cientificamente, algumas das características do artista.