Estilo de vida
30/07/2021 às 03:00•2 min de leitura
Acostumados a curtir fotos de animais fofos diariamente em nossas redes sociais, muitas vezes nos esquecemos que a vida natural é uma competição ininterrupta entre milhões de espécies tentando sobreviver, e devorando-se umas às outras. Para compreender esses processos, os etólogos, biólogos que estudam o comportamento animal, realizam diariamente milhares de estudos.
Algumas dessas descobertas são fascinantes, mas outras chegam a causar arrepios nos pesquisadores. Para conseguir alimento, ou para evitar se transformar em alimento de alguém, muitos animais desenvolvem estratégias brutais de enfrentamento. Algumas delas vão além da simples predação, e se tornam até cruéis. Confira abaixo.
Geralmente associadas com uma conduta honrosa, as águias douradas não são assim tão altruístas como dizem. Alimentando-se de pequenos animais, como coelhos e roedores, que capturam e levam no bico até seus ninhos, muitas vezes esses pássaros resolvem adicionar cabras montesas ao seu cardápio. E o fazem simplesmente passando-lhes uma "rasteira" e derrubando-as montanha a baixo para a morte.
Chamadas de baleias assassinas, as orcas têm um comportamento muito cruel com suas presas. Ao invés de matá-las ou afogá-las rapidamente, elas possuem o hábito de torturar os animais que capturam, "brincando" com os bichos, como as focas, antes de mastigá-los. O comportamento também foi observado em outros golfinhos (sim, amigos, a foca é um golfinho!).
Os pepinos-do-mar são parentes da estrela-do-mar e executam o comportamento de autonomia (expulsão de uma parte do corpo para autodefesa) de uma forma muito peculiar. Quando são atacados, esses equinodermos contraem as paredes do corpo e "atiram" com força as suas vísceras, disparando contra seus predadores: ânus, intestinos, tentáculos, músculos, parte do trato respiratório e até seus órgãos reprodutivos.
O camarão-louva-a-deus-palhaço, chamado no Brasil de lacraia-do-mar, é também apelidado de lagosta-boxeadora, e o motivo é que esse crustáceo de 18 centímetros tem um dos socos mais potentes da espécie. A porrada chega a atingir 80 km/h, com a velocidade de uma bala calibre .22. Isso é capaz de quebrar a casca de um caranguejo ou as conchas de um gastrópode. Não o coloque no aquário!
Os insetos-assassinos são muito assustadores. Esse pequeno percevejo da Malásia, de cerca de um centímetro, esfaqueia suas vítimas com sua tromba sugadora afiada, injeta em seus corpos um agente paralisante e também uma proteína ácida que dissolve os órgãos internos com a criatura ainda viva. Depois de se alimentar daquele "suquinho", ele carrega as carcaças (exoesqueletos) das presas em suas costas, para se proteger.
Geralmente, vemos imagens de herbívoros sendo devorados por predadores de várias espécies. Mas um fato pouco conhecido é que alguns herbívoros, como o veado-de-cauda-branca, transformam-se às vezes, talvez por uma deficiência nutricional, em carnívoros, comendo pequenos mamíferos, e até mesmo de cadáveres, tendo sido observado devorando uma costela humana em uma fazenda do Texas.
Um dos animais mais fofos do mundo, o lóris lento é o único primata, e um dos poucos mamíferos, a secretar veneno em seu corpo, no caso em suas axilas. Quando ameaçados, esses lêmures levantam os braços, lambem um veneno oleoso nessas glândulas debaixo dos seus braços. Misturado à saliva, o veneno vai parar nos caninos estriados dos bichinhos. A mordida é capaz de destruir ossos e apodrecer a carne.