Estilo de vida
23/08/2021 às 12:00•2 min de leitura
Antes mesmo da Guerra Civil tomar conta dos Estados Unidos em 1861, uma cientista norte-americana realizava seus primeiros estudos sobre os fenômenos físicos responsáveis pelas constantes mudanças climáticas que vemos nos dias atuais. Em 1958, Eunice Foote foi a primeira pessoa a falar sobre o poder de absorção de calor do dióxido de carbono (CO2) — a força motriz do aquecimento global pelo mundo.
O CO2 é um gás sem cheiro, sem gosto e transparente que se forma conforme as pessoas queimam combustíveis, incluindo carvão, petróleo, gasolina e madeira. Foi graças ao trabalho de Foote que mais pesquisadores puderam notar que o calor da superfície da Terra não estava sendo irradiado de volta para o espaço, mas sim causando uma catástrofe ecológica.
(Fonte: Pixabay)
O motivo para a atmosfera da Terra permanecer mais quente do que esperávamos ocorre principalmente por conta dos gases de efeito estufa (GEEs), como o dióxido de carbono, metano e o vapor de água atmosférico, os quais absorvem calor muito bem. Os GEEs são chamados assim por conseguirem aprisionar o calor na atmosfera do planeta e irradiá-lo de volta para a superfície, assim como o vidro de uma estufa.
Esse conceito já era conhecido na Ciência antes mesmo de Foote, mas foi ela quem explicou a causa por meio de um simples experimento. Para isso, a pesquisadora usou dois cilindros de vidro e colocou um termômetro em cada um deles, bombeou gás dióxido de carbono em um e ar no outro, depois os colocou diante do Sol.
Assim como ela esperava, o cilindro contendo o dióxido de carbono aqueceu muito mais do que aquele apenas com ar. Isso foi suficiente para que Eunice Foote compreendesse que o dióxido de carbono seria um elemento suficiente para absorver o calor na atmosfera.
(Fonte: Pixabay)
No século XIX, as atividades humanas já estavam elevando as quantidades de CO2 na atmosfera. Com cada vez mais combustíveis fósseis sendo queimados, o dióxido de carbono passou a aparecer em uma proporção ainda maior na mistura de elementos que compõem o ar da Terra.
Entretanto, as previsões ainda eram conservadoras. Na época, alguns cientistas acreditavam que um pequeno aumento de temperatura poderia ser benéfico para o nosso planeta. O que muitos não imaginavam, porém, era que os níveis de emissão dos GEEs cresceriam absurdamente com a industrialização.
Se não fosse por Foote, a sociedade provavelmente não teria discutido a importância da criação de medidas sustentáveis para conter eventuais catástrofes climáticas no futuro e, portanto, estaríamos afundados em uma situação completamente irreversível — o que ainda é uma preocupação nos dias atuais.