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20/09/2021 às 09:27•2 min de leitura
A recente erupção do vulcão Cumbre Vieja, nas Ilhas Canárias, que estava adormecido há 50 anos, chamou a atenção da população mundial para o seguinte detalhe: por que vulcões que permanecem longos períodos sem erupção voltam à atividade tempos mais tarde?
Ao contrário do que muitos pensam, não é nada "extraordinário" que uma fenda inativa por bastante tempo volte a derramar magma até mesmo séculos depois. Para isso, precisamos entender quais são os conceitos científicos de vulcões ativos, adormecidos e extintos, como também compreender o porquê dessas definições não serem tão simples assim.
?? Las Fuerzas y Cuerpos de Seguridad del Estado siguen monitorizando sin descanso la situación de la #ErupciónLaPalma
— Delegación del Gobierno en Canarias (@DgCanarias) September 20, 2021
?? @guardiacivil trabaja sobre el terreno para garantizar la seguridad ciudadana y apoyar las necesidades de las personas evacuadas en #LaPalma#VolcánLaPalma pic.twitter.com/MTMw0zYSud
Ao todo, existem potencialmente 1,5 mil vulcões no planeta, além dos cinturões contínuos de vulcões no fundo do oceano em centros de expansão, como a crista oceânica que se estende do Atlântico ao Ártico. Entre eles, cerca de 500 já entraram em erupção no tempo histórico.
São incríveis 169 vulcões potencialmente ativos só nos Estados Unidos. A maioria desses vulcões têm atividade moderada, como expelir gases e cinzas, além de atividades sísmicas de grau baixo. Entretanto, assim como ocorreu com o Cumbre Vieja, existe o risco dessa atividade progredir para o derramamento de lava — sobretudo em regiões com intensa movimentação de placas tectônicas.
Por isso, cientistas desenvolveram sistemas de monitoramento e alarmes para que as comunidades que moram perto de vulcões em atividade saibam quando existe o risco de uma nova erupção. Vulcões que permaneceram muito tempo sem muita atividade são considerados mais "seguros", mas não estão necessariamente mortos.
(Fonte: Pixabay)
Afinal, como diferenciar quando um vulcão está ativo, adormecido ou extinto? Esses são termos que rotineiramente lemos em matérias nos jornais, mas nem sempre ficam tão explícitos. Portanto, vamos tentar simplificar o assunto. Tenha em mente as definições seguintes.
(Fonte: Pixabay)
Segundo um novo modelo proposto por pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, um vulcão adormecido pode voltar à vida em questão de dias. O projeto baseado na dinâmica dos fluidos mostra que o magma quente nas profundezas pode se misturar com resquícios pegajosos antigos e vir à tona com muito mais facilidade do que se esperava no passado.
Os cientistas analisaram a erupção do vulcão Pinatubo, nas Filipinas, em 1991, e concluíram que a câmara magmática levou de 20 a 80 dias para ser reativada. Por mais que vulcões extintos não apresentem atividade por muito tempo, eles costumam ser responsáveis pela formação de outras fendas.
Dois exemplos disso são o Monte Baker e o Cume Lassen, que nasceram de vulcões ancestrais de milhões de anos. Evidências mostram que a partir do momento em que um vulcão se estabelece em uma região, esse será o caminho preferido para o magma fluir por muitos anos.