Como a sociedade de 100 anos atrás imaginava o futuro

17/11/2021 às 12:033 min de leitura

Até o século XIX, as pessoas olhavam com certo temor para a perspectiva de como seria o futuro. Foi só a partir de 1900 que ficou mais forte o desejo pela tecnologia, principalmente com os avanços que a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria proporcionaram.

Contudo, isso não impediu que inventores, como Hugo Gernsback, e outras pessoas fizessem suas predições de como seria o futuro em 100 anos. Essas foram algumas delas:

Carros voadores

(Fonte: Business Montres/Reprodução)(Fonte: Business Montres/Reprodução)

A obsessão por carros voadores, e talvez uma jornada de trabalho igual à dos Jetsons,  foi algo que sempre existiu, até mesmo em uma época em que os automóveis mal tinham recursos básicos, como cinto de segurança.

Na Era Vitoriana, antes do lançamento do Benz Patent-Motorwagen, o primeiro automóvel monocilíndrico da história, os carros voadores já eram sinônimo de futurologia. Segundo o Creative Bloq, uma série exclusiva de cartões-postais mostravam funcionários dos correios voando enquanto entregavam correspondências.

(Fonte: Incomod/Reprodução)(Fonte: Incomod/Reprodução)

Há pouco menos de 1 século, o político F.E. Smith previu que as pessoas estariam usando máquinas voadoras próprias para se locomoverem pelo mundo, tornando enfim possível viajar da Inglaterra à Groenlândia, por exemplo, quando quisessem.

No momento, como aponta uma matéria do The New York Times, isso pode ser uma realidade cada vez mais próxima, visto que muitas empresas trabalham em pequenas aeronaves elétricas capazes de decolar e pousar sem a necessidade de uma pista — mas imagine o caos.

A era da inteligência artificial

(Fonte: Pinterest/Reprodução)(Fonte: Pinterest/Reprodução)

O termo “robô” entrou no dicionário de línguas clássicas antigas por volta de 1921, mas antes Mary Shelley já havia “previsto” uma "rebelião das máquinas" em seu clássico romance Frankenstein, notando os perigos de criar e controlar uma inteligência artificial.

Foi nessa época que o filósofo tcheco Karel Capek escreveu a peça Rossum’s Universal Robots, que focava em temas de desumanização nas mãos da crescente mecanização do mundo. Foi ele que pegou a palavra tcheca robota, que significa "trabalho forçado".

(Fonte: Pinterest/Reprodução)(Fonte: Pinterest/Reprodução)

Enquanto pessoas como Capek e Shelley tentavam advertir, a massa cresceu os olhos para um futuro onde haveria robôs para fazer absolutamente tudo, como cuidar das tarefas domésticas para facilitar a vida dos humanos.

Smith insistiu que um futuro muito mecanizado dispensaria a necessidade do trabalho humano, resultando em um alto índice de desemprego e fome. Ele também salientou que a diminuição das jornadas diárias de trabalho resultariam em grave tédio, tornando as pessoas insatisfeitas com suas vidas.

Trens: o futuro da locomoção

(Fonte: Vox/Reprodução)(Fonte: Vox/Reprodução)

O primeiro trem de alta velocidade foi o italiano Direttissima, em 1978, que conectava Roma a Florença — um trajeto de 254 quilômetros — em no máximo 90 minutos de viagem, a uma velocidade média de 200 km/h.

Em 1900, a indústria focou em aprimorar o melhor meio de transporte: o trem. O veículo foi o queridinho da humanidade desde 1800, quando ainda era chamado de "cavalo mecânico", tendo sido usado tanto para viagens de civis como para guerras, então as pessoas não pensavam em abrir mão dele tão facilmente.

(Fonte: Dreamstime/Reprodução)(Fonte: Dreamstime/Reprodução)

Em um artigo daquela época prevendo como seria a vida no século XXI, o engenheiro John Elfreth Watkins relatou crer que a introdução de trens de alta velocidade seria uma realidade e que eles poderiam atingir até 120 km/h. Atualmente, o Trem de Alta Velocidade (TGV) francês alcança até 300 km/h.

Algumas das previsões para o futuro combinaram o carro com o trem, formando uma espécie de trem híbrido. Durante a Grande Depressão, quando a demanda por automóveis despencou nos Estados Unidos, a fabricante de carros de luxo Bugatti produziu os Autorails, vagões de trem com motorização individual, capazes de atingir até 120 km/h.

Máquinas de aprendizagem

(Fonte: Fagulha/Reprodução)(Fonte: Fagulha/Reprodução)

Em uma matéria do The Washington Post, uma série de cartões-postais de 1900 ilustram como seria a aprendizagem no século XXI, com vários alunos usando fones de ouvidos conectados a uma máquina onde o professor despeja livros para serem processados. Ou seja, haveria uma tecnologia que implantaria o conhecimento na mente das pessoas através de uma espécie de download elétrico.

O Smithsonian Magazine observa que isso faria sentido com outras previsões sobre o futuro da educação. Também em 1900, um artigo escrito por Thomas F. Anderson previa que a educação se tornaria mais igualitária no futuro, mais universal e menos aristocrática. Portanto, o conhecimento sendo "bombeado" diretamente no cérebro das crianças mudaria tudo.

Calçadas móveis

(Fonte: Open Culture/Reprodução)(Fonte: Open Culture/Reprodução)

Há 100 anos, em um mundo repleto de uma tecnologia rudimentar em que as pessoas precisavam fazer tudo por elas mesmas, era um sonho imaginar que no futuro não fosse preciso gastar tanta energia nem mesmo para tomar um ar fresco.

Em 1921, um escritor chamado Moses Folsom previu que todas as cidades seriam equipadas com sistemas de calçadas móveis formados por uma grande esteira de aeroporto que carregaria as pessoas por aí. Isso visaria, por exemplo, à redução de todo o exercício físico "irritante" necessário para ir até um supermercado.

A ideia foi tida como certa para o futuro por se tratar de uma espécie de modismo no final do século XIX e no início do século XX, desde seu aparecimento na Feira Mundial de 1893, em Chicago, e na Feira Mundial de 1900, em Paris.

Nelas foram apresentados modelos de calçadas móveis com mais de 3 quilômetros de extensão. Inclusive, Thomas Edison foi o responsável por capturar em filme o movimento de até 9 km/h das calçadas, que tinham uma faixa mais lenta e outra estacionária, uma permitindo a entrada e a outra, a saída dos transeuntes.

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