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20/11/2021 às 13:00•2 min de leitura
O futuro da tecnologia parece estar cada vez mais tomando forma. Recentemente, pesquisadores da Universidade do Missouri, nos Estados Unidos, desenvolveram o conceito de metamaterial, um material artificial capaz de tomar decisões por conta própria e responder a estímulos do ambiente ao seu redor.
E o que isso quer dizer? Por exemplo, um drone de entregas conseguiria avaliar a direção do vento, velocidade ou vida selvagem em determinada região para decidir qual é a melhor rota a ser tomada para que o produto chegue em segurança ao seu destino final. Entenda como isso funciona!
(Fonte: Shutterstock)
Publicado na revista Nature Communications, o estudo foi liderado pelo professor de Engenharia Guoliang Huang, da Universidade de Missouri. O artigo cita que o metamaterial incorpora três funções principais que podem ser vistas abundantemente na natureza: detecção, processamento de informações e movimentação.
Um exemplo de animal que foi usado como inspiração do projeto está nas mandíbulas folhosas da Dioneia, conhecida como a planta "apanha-moscas", que reagem ao meio ambiente para capturar presas.
Segundo Huang, a equipe também analisou a forma como os camaleões se camuflam na natureza e as pinhas ajustam suas formas em resposta às mudanças da umidade do ar.
"Basicamente, nós focamos o nosso projeto em controlar como esse material artificial responderia às mudanças dos estímulos externos encontrados no ambiente em que ele for inserido", pontuou Huang. O pesquisador ainda disse acreditar que o metamaterial pode cumprir múltiplas funcionalidades em diversos mercados quando estiver concluído.
(Fonte: Shutterstock)
Entre todos os cenários possíveis de aplicação do metamaterial, Huang e sua equipe parecem, principalmente, esperançosos de que essa tecnologia possa contribuir para o futuro da aviação. "Por exemplo, podemos aplicar este material à tecnologia furtiva na indústria aeroespacial anexando-o a outras estruturas da aeronave", o especialista comentou.
Na visão do engenheiro, isso ajudaria a controlar e diminuir os sons produzidos por um avião, como as vibrações do motor, consequentemente aumentando a multifuncionalidade do meio de transporte aéreo. Para isso, o material artificial usaria um chip de computador para controlar ou manipular o processamento de informações necessárias para performar determinada ação.
Em seguida, o aparelho usa energia elétrica e a converte em mecânica. Até o momento, o produto só foi testado em simulações computadorizadas. Porém, os pesquisadores esperam poder utilizá-lo em situações do mundo real em um futuro mais próximo.
(Fonte: Marvel Studios/Reprodução)
No site oficial da Universidade do Missouri, foi ressaltado que a criação é mais um passo dado para que ficção científica vista nas grandes telas de cinema se tornem realidade. Na página, foi acrescentado que muitos diretores têm trabalhado o conceito de inteligência artificial capaz de responder por conta própria e é isso que a pesquisa de Huang desenvolve.
Por fim, o texto ainda faz uma referência ao personagem fictício J.A.R.V.I.S., que múltiplas vezes foi destacado nos filmes do Homem de Ferro e dos Vingadores como o grande braço direito tecnológico de Tony Stark.