Ciência
19/01/2022 às 09:00•2 min de leitura
Se você curte notícias astronômicas deve ter visto em algum lugar da internet nos últimos dias algo sobre um mineiro que encontrou e até lavou com bucha e sabão um pedaço de um suposto meteorito. Até o momento não se sabe se o tal pedaço de rocha é mesmo um fragmento espacial.
No entanto, ao ser consultada pelo jornal O Tempo, a Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon), afirmou ser possível encontrar alguns meteoritos entre as regiões das cidades mineiras de Araxá e Perdizes.
Meteorito se desprendeu de meteoro que caiu em Minas Gerais. (Fonte: Twitter/Reprodução)
Conforme a Bramon, o meteoro observado no último dia 14 de janeiro começou a brilhar a cerca de 86 km de altitude sobre a zona rural da cidade de Uberlândia, no Triangulo Mineiro. Depois disso, percorreu incríveis 109,3 km em apenas nove segundos, e isso a uma velocidade de 43,7 km/h, desaparecendo entre as cidades de Araxá e Perdizes.
Bom, o problema tem a ver sobre como encontrar um meteorito e o que deve ser feito no caso de achar um. Isso porque, ao contrário do que boa parte das pessoas pode imaginar, meteoritos são muito raros. Para se ter uma ideia, nos últimos 200 anos, apenas 1,8 mil foram encontrados nos Estados Unidos.
Sem dúvidas, nosso planeta está sob ataque constante de rochas espaciais. Porém, quando elas atingem nossa atmosfera, acabam queimando, sendo que a maioria vai parar nos oceanos, são enterrados quando atingem o solo ou se desgastam gradualmente.
Para quem não é especialista no assunto essa pode ser uma tarefa difícil., mas quanto mais se sabe sobre, mais fácil fica. Então, aqui vão algumas dicas:
O que indica que a rocha não é um meteorito:
Você também pode aprofundar seus conhecimentos com bancos de imagens de meteoritos e dados sobre eles, uma boa fonte é o meteorwrongs. Além disso, existem grupos e páginas específicas nas redes sociais que ajudam as pessoas na identificação, como a Meteorite or Meteorwrong, no Facebook.
Se após consultar as mais variadas listas, fotos e fontes de dados ainda não tiver certeza de que está em posse de um meteorito, você pode tentar enviar a imagem para astrônomos que você segue, especialmente os amadores do Twitter, tem muita gente capacitada por lá, ou para entidades e instituições como o Observatório de Astronomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros.
Por fim, veja algumas imagens do espetáculo no céu mineiro: