Artes/cultura
12/02/2022 às 13:00•2 min de leitura
Desde que o ser humano passou a explorar o Universo com mais afinco, é inegável que nós desvendamos muitas coisas que nem sonhávamos saber no passado. Entretanto, estamos longe de poder dizer que sabemos muito sobre o que acontece fora do nosso planeta.
No fim das contas, o espaço está sempre em expansão e tudo que sabemos é apenas uma parcela do que existe por aí. Mas e na nossa própria galáxia, a Via Láctea, o que ainda não descobrimos aqui "por perto"? Confira só alguns dos grandes mistérios que nós ainda não conseguimos desvendar através da ciência!
(Fonte: Wikimedia Commons)
Quando uma estrela grande entra em supernova, muitas vezes deixa para trás uma enorme nuvem de detritos. Um exemplo disso é a RCW103, localizada há 10 mil anos-luz da Terra. No centro dela existe uma estrela de nêutron que pesa mais que o Sol, apesar de ter apenas alguns quilômetros de extensão.
Apesar disso ser algo comum no centro de supernovas, a estrela de nêutrons da RCW103 é muito mais rápida do que o normal. A teoria dos cientistas é de que exista outra estrela muito escura para se ver orbitando ao redor desse astro, causando sua aceleração. Porém, isso é apenas uma suposição.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Em 1838, o brilho da estrela Eta Carinae cresceu até que ela se tornasse a segunda estrela mais brilhante no céu da Terra — e assim permaneceu por 10 anos enquanto diminuía gradativamente. Nesse meio tempo, essa estrela perdeu 14% de sua massa — o equivalente a 10 sóis — e esse evento foi batizado de "Grande Erupção".
Por muito tempo, a principal teoria era que essa massa foi levada embora pelos ventos estelares. Uma análise da luz das estrelas poderia ajudar a confirmar essa teoria, mas nada foi feito visto que a espectroscopia ainda estava em sua infância na década de 1840. Possibilidades sobre a explosão incluem uma colisão entre duas estrelas binárias ou uma explosão termonuclear no núcleo da estrela.
(Fonte: Pixabay)
Cerca de um terço das estrelas parecidas com o nosso Sol possuem períodos de brilho variados à medida que se aproximam do fim de suas vidas. Esse é um fenômeno estudado por décadas pela astrônoma australiana Christine Nicholls. A conclusão foi que todas as hipóteses possíveis até o momento simplesmente não funcionam.
Nicholls e sua equipe monitoraram 58 estrelas por 2 anos e meio. Mais recentemente, os pesquisadores descobriram uma nova dica: as estrelas em mudança ejetam aglomerados de massa durante suas transições, o que poderia ser usado para uma nova análise. Entretanto, Christine disse que ainda não é capaz de desvendar esse bizarro mistério.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O eclipse da estrela Epsilon Aurigae é um dos grandes mistérios da astronomia, visto que uma enorme nuvem de poeira a acompanha pelo espaço. A cada 27 anos, ela escurece quase que por completo por cerca de 18 meses. Esse fenômeno é estudado desde 1820.
Observações do eclipse mais recente, que começou em 2009, sugerem um sistema binário feito de uma estrela moribunda e outra estrela cercada por um disco gigante de material. Mesmo assim, a maioria dos cientistas julga que ainda não existam informações o suficiente para compreender o que se passa ali.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Polar, a estrela mais brilhante da constelação da Ursa Menor, possui uma série de particularidades indecifráveis. Recentemente, a maior dúvida está sobre a maneira como ela tem se tornado mais brilhante a cada ano que passa. De acordo com os últimos estudos, a Polaris aumentou bastante seu brilho no último século.
Ela possui atualmente quase cinco vezes o brilho de quando foi observada pela primeira vez. Inclusive, essa e outras anomalias geram uma dificuldade grande dos pesquisadores conseguirem determinar o quão distante esse astro está da Terra. E não há qualquer indício de que tudo ficará mais fácil daqui para frente.