Artes/cultura
19/02/2022 às 13:00•2 min de leitura
Quando olhamos um belo anel de diamante ou um incrível brinco de esmeralda, temos dificuldade de pensar que um dia aqueles elementos já fizeram parte do solo. Afinal, os mesmos processos geológicos que dão forma e remodelam nosso planeta também são responsáveis por gerar as situações de temperatura e pressão ideais que combinarão elementos em formosas pedras preciosas.
Mas será que você faz ideia de como tudo isso funciona? Pensando nisso, nós decidimos abordar um pouco mais sobre esse assunto nos próximos parágrafos e aprofundar o seu conhecimento a respeito da maneira como algumas das joias mais preciosas da Terra são criadas. Veja só!
(Fonte: Pixabay)
Para a surpresa de muitos, o diamante é uma das poucas pedras preciosas que não se forma na crosta da Terra. Feita completamente de carbono, essa belezura reluzente se cria no manto terrestre, que nada mais é do que um impressionante oceano subterrâneo de magma com temperaturas muito elevadas.
Como a pressão e o calor no manto são fortes a ponto de liquefazer rochas, eles também conseguem comprimir e fundir o carbono na forma de diamantes. Então, essa pedra preciosa é carregada até a superfície pelo magma, misturando-se com as rochas magmáticas.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Rubi e safira são duas pedras fundamentalmente gêmeas, exceto por um fator de distinção: o crômio. Quando uma porção de magma, contendo alumínio e/ou crômio, encontram bolsões de ar — porção de oxigênio — na crosta terrestre, esses elementos se combinam criando uma pedra preciosa.
O crômio, um elemento raro muito raro, é a substância que fornece a cor vermelha do rubi. Se ele não estiver presente, a pedra ganhará uma coloração azulada e será batizada de safira.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Nós possuímos o costume de batizar de jade dois tipos de minerais diferentes: a jadeíta e a nefrita. Ambas se formam durante o processo de criação das chamadas rochas metamórficas, que acontece quando a temperatura e a pressão nas profundezas da crosta terrestre recombinam os elementos de uma pedra sem derretê-la.
Por esse motivo, forma-se uma pedra compacta e extremamente dura, que costuma ter coloração variando do esbranquiçado ao verde-escuro.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A esmeralda é formada em fontes hidrotermais, quando fluídos geotermais passam a fluir de uma fissura na crosta terrestre e interagem com os minerais de determinada região. Em geral, essa pedra preciosa combina os elementos berílio, alumínio, silício e oxigênio em uma solução aquosa.
Quando essa solução aquosa se resfria, as esmeraldas se solidificam. Sua cor verde é devido à presença de quantidades mínimas de crômio e, às vezes, vanádio. Além disso, sua raridade faz dela uma das pedras mais valiosas no mundo.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Outra pedra que surge de uma solução aquosa é a turquesa. Para sua formulação, é necessário a presença de três elementos: fósforo, cobre e alumínio. A diferença para a esmeralda, entretanto, é que essa solução não deriva do magma proveniente do manto, mas sim da infiltração de água da superfície da crosta da Terra.
Quando essa infiltração se aprofunda o suficiente para fazer com que o calor evapore a água, a gema que varia entre o verde e o ciano se forma.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A formação do quartzo provém de uma solução aquosa contendo átomos de silício, o que pode ocorrer em fontes hidrotermais, como a esmeralda, ou em veios de água de superfície na crosta terrestre, como a turquesa. Porém, essa pedra possui a presença de certas impurezas, como o ferro, que alteram a sua formação.
Nessa etapa, um quartzo pode acabar adquirindo uma coloração violeta, fazendo com que também possa ser chamado de ametista.