Ciência
02/03/2022 às 11:00•2 min de leitura
O conceito de relatividade é uma das teorias científicas mais famosas criadas no século XX, mas você já parou para se perguntar como ela realmente pode ser aplicada em nosso dia a dia? Criada por Albert Einstein em 1905, a Teoria da Relatividade é a noção de que as leis da física são as mesmas em qualquer lugar da Terra.
Essa teoria explica o comportamento de objetos no espaço-tempo e também pode ser usada para prever qualquer tipo de coisa, desde a existência de buracos negros até o comportamento de Mercúrio em sua órbita. Mas como isso é importante para você? Veja só cinco exemplos de como a Teoria da Relatividade pode aparecer na vida.
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Se você tem eletricidade em sua casa, você pode "agradecer" à relatividade pelo fato de os geradores de energia funcionarem o tempo todo. Isso acontece porque a movimentação de fios pelo campo magnético cria uma corrente elétrica, ou seja, Einstein propõe que um campo elétrico variável faz surgir um campo magnético também variável e vice-versa.
Essa interação cria uma onda eletromagnética que se propaga no vácuo transportando energia. Com isso, conseguimos montar os sistemas de abastecimento de energia que temos nos dias de hoje.
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A navegação por sistema de posicionamento global (GPS) no carro ou no celular só funciona de maneira tão precisa porque todos os satélites implantados no espaço usaram conceitos da Teoria da Relatividade.
Isso ocorre porque mesmo que não esteja viajando perto da velocidade da luz, um satélite ainda viaja em uma velocidade extremamente rápida, enviando informações para quem está na Terra.
Para isso, os GPS usam relógios com precisão de alguns bilionésimos de segundo (nanossegundos). Se esses dispositivos não considerassem os efeitos relativísticos, em apenas 1 dia orbitado tudo estaria desregulado, e a distância entre dois pontos no planeta seria medida incorretamente.
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Por conta do efeito relativístico aplicado sobre o ouro, esse metal não corrói ou reage com outros facilmente. Isso acontece porque o ouro tem apenas um elétron em sua camada externa, mas não chega nem perto de ser tão reativo quanto o lítio ou o cálcio.
Os elétrons do ouro são mais "pesados" do que deveriam e são mantidos mais próximos do núcleo. Isso significa que o elétron mais externo continuará em uma posição que dificulta a reação com outros elementos, dando essa característica única.
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Assim como acontece com o ouro, o mercúrio é um metal com átomos bem pesados. Seus elétrons também são mantidos mais próximos ao núcleo por conta da sua velocidade e massa sempre crescente.
Porém, a ligação dos átomos do mercúrio é bastante fraca, o que faz que ele derreta em temperaturas muito menores do que as de outros metais. Assim, surge sua especial aparência líquida.
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Até alguns anos atrás, a maioria das televisões e monitores de computador eram feitas com telas de tubo de raios catódicos. Esse tubo funciona disparando elétrons em uma superfície de fósforo através de um grande ímã. Cada elétron cria um pixel iluminado quando atinge a parte de trás da tela.
Dessa forma, cada elétron tinha que ser disparado para fazer a imagem criada se mover a pelo menos 30% da velocidade da luz. Porém, para que isso acontecesse da melhor forma possível, a Teoria da Relatividade precisaria ser considerada. Não é à toa que todos esses aparelhos usavam conceitos relativísticos nas confecções.