Artes/cultura
07/03/2022 às 11:00•2 min de leitura
Escavadores do Museu Nacional da Escócia anunciaram o encontro do maior fóssil de pteroussauro desde o período Jurássico. Segundo estudos, o registro documental data 170 milhões de anos e se caracteriza como o mais bem preservado já visto da espécie, um achado único na Ilha de Skye.
O fóssil foi encontrado originalmente pela estudante de doutorado Amelia Penny, durante uma viagem de campo à ilha. De acordo com relatos, a mandíbula do animal foi vista em um aglomerado de rochas e, posteriormente, revelou ser o esqueleto parcial de uma nova espécie de réptil voador. A criatura foi nomeada Dearc sgiathanach em homenagem ao local em que foi encontrada.
(Fonte: Universidade de Edimburgo/Reprodução)
Especialistas afirmaram que a descoberta foi a melhor que aconteceu no Reino Unido desde o início do século XIX, quando a célebre caçadora de fósseis Mary Anning encontrou muitos fósseis jurássicos significativos na costa sul da Inglaterra. "Pterossauros preservados em tal qualidade são extremamente raros. E, no entanto, um enorme pterossauro majestosamente preservado emergiu de uma plataforma de maré na Escócia", disse Natalia Jagielska, líder da pesquisa.
Os estudos revelaram que a envergadura do Dearc sgiathanach se estendia por impressionantes 2,4 metros e apresentava dimensões semelhantes às dos albatrozes modernos. Além disso, segundo indícios do fóssil, o animal tinha ossos "leves como penas" e "tão finos quanto folhas de papel", indicando que os pterossauros ficaram maiores mais cedo do que a comunidade científica pensava — antes do período Cretáceo. O fóssil do D. sgiathanach será adicionado à coleção do Museu Nacional da Escócia, em Edimburgo.
(Fonte: Universidade de Edimburgo/Reprodução)
Os pterossauros foram os primeiros vertebrados que desenvolveram capacidades físicas para voar, cerca de 50 milhões de anos antes das aves. Documentos afirmam que os répteis alados viveram desde o período Triássico, cerca de 230 milhões de anos atrás. Acreditava-se que os pterossauros estavam em declínio antes mesmo da extinção em massa no final do período Cretáceo, causada por um impacto de asteroide há 66 milhões de anos. Porém, seus últimos suspiros datam do final da Era geológica.