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06/05/2022 às 04:00•2 min de leitura
Modelo que define a cosmologia moderna, a teoria do Big Bang é responsável por explicar a vida no universo, que teria sido formado graças à explosão de uma gigantesca estrela. Porém, o evento segue cada vez mais atraindo dúvidas, à medida que membros da comunidade científica encontram "furos no roteiro" e tais questões seguem sem respostas convincentes.
Leia abaixo algumas das principais problemáticas que colocam a teoria em cheque e descubra como tais lacunas contrariam um dos maiores mistérios das galáxias:
(Fonte: NASA/Reprodução)
A teoria do Big Bang prevê que certas quantidades de elementos leves, incluindo lítio, hélio e deutério, foram produzidas durante a explosão — com uma amostra de 400 átomos de lítio para cada trilhão de átomos de hidrogênio. Porém, estudos recentes afirmaram que quanto mais velha uma estrela, menor a quantidade de lítio e hélio produzidos, com casos em que a estimativa não alcança sequer 1% do sugerido para a época da criação do universo.
Dessa forma, traçando uma cronologia reversa para um passado de quase 13,5 bilhões de anos, acredita-se que nenhuma porção das substâncias tenha existido na história das primeiras estrelas, tornando o caso inconsistente em relação à liberação abundante de materiais.
(Fonte: Shutterstock)
Apesar de muitos cientistas descartarem a aplicabilidade da Primeira Lei da Termodinâmica no universo primitivo, afirmando que os princípios tendem a ser desfeitos à medida que o evento de criação do cosmos se aproxima, críticos sugerem que o próprio conceito da explosão é uma violação das regras.
Isso porque o fundamento de James P. Joule nega a possibilidade da criação ou destruição de qualquer matéria ou energia, principalmente em um caso em que a origem de algo grandioso remete a um vazio completo.
(Fonte: Shutterstock)
O período inflacionário do Big Bang, avaliado entre 10,33 e 10,32 segundos após a explosão, contraria a Teoria da Relatividade, que indica a inexistência de alcances para além da velocidade da luz.
A previsão, apesar de considerar o universo como liso e homogêneo, revelou o rápido surgimento de estruturas de galáxias cada vez maiores, como resultado da Radiação Cósmica de Fundo em Microondas (CMB) e de um consequentemente alinhamento não aleatório de flutuações, violando a ideia de isotropia ideal.
(Fonte: Shutterstock)
Astrofísicos e cosmólogos argumentam que o desvio para o vermelho dos corpos celestes foi erroneamente interpretado. A variável, que relaciona a redução da frequência das partículas de fótons segundo a velocidade de afastamento das galáxias, seria causada por uma espécie de ilusão de ótica e evidenciaria um tamanho acentuado dos objetos, com tendências a reduzir o brilho emanado pela superfície.
Porém, observações confirmaram que o brilho da superfície era constante mesmo com as mudanças de distância, revelando suspeitas sobre um universo que não estava em expansão. Assim, teóricos puderam negar a possibilidade de fusões de galáxias e de aglomerados de estrelas hiper pequenas, visto que sua massa de astros luminosos seria maior que sua massa total.
(Fonte: Shutterstock)
Para que o Big Bang pudesse ocorrer, seria necessário a existência de partículas de matéria escura, responsáveis por gerar forças gravitacionais que movimentariam as galáxias a centenas de quilômetros por segundo.
Porém, observações recentes encontraram irregularidades em sua quantidade, visto que as baixas velocidades médias, a configuração em disco de galáxias-satélites e a ausência do efeito de viscosidade no cosmos tornariam inviável uma explosão das proporções previstas.