
Ciência
13/06/2022 às 10:00•2 min de leitura
Cientistas do Laboratório de Ciências Climáticas e Ambientais de Paris descobriram que o cipreste "Gran Abuelo", localizado no Parque Nacional Alerce Costero, Chile, pode ser a árvore mais antiga do planeta. Segundo estudos, o alerce milenario pode ter até 5.484 anos e superar em quase 600 a atual líder do ranking, "Matusalém", um pinheiro bristlecone da Califórnia.
O cipreste patagônico (Fitzroya cupressoides) é uma conífera nativa do Chile e da Argentina e pertencente à família das sequoias gigantes, podendo atingir alturas de até 45 metros em crescimentos que demandam longos períodos de tempo. Espécimes mais antigas dessas árvores foram capazes de se sustentar por até milhares de anos, sobrevivendo a incêndios e iniciativas de extração de madeira em suas regiões.
Porém, de acordo com uma pesquisa liderada por Jonathan Barichivich, um alerce em particular pode ter resistido mais às ações do tempo. Para chegar a essa conclusão, foi realizada uma extensa pesquisa tendo como base modelos computacionais e técnicas de modelagem estatística informadas por taxas de crescimento da espécie, onde foi possível estimar uma idade aproximada para a árvore patagônica.
De acordo com o cientista chileno, o tronco foi descoberto por seu avô em 1972, mas apenas recentemente foi alvo de operações de análise. Em 2020, Barichivich acompanhou o colaborador Antonio Lara em uma visitação ao parque nacional para utilizar uma broca de incremento, visando perfurar a zona demarcada pelo cipreste sem danificá-lo. Apesar disso, a idade foi estimada devido ao tronco com quase quatro metros de espessura e à dificuldade de contar exatamente a quantidade dos anéis de crescimento — 2.400 foram observados.
“Meu método é verificado estudando outras árvores das quais você pode obter os anéis de crescimento completos e seguir uma lei biológica de trade-offs entre crescimento e longevidade. A alerce está onde deveria estar na curva de crescimento exponencial: cresce mais devagar que o pinheiro bristlecone, a árvore mais antiga conhecida, o que indica que deve viver mais”, esclareceu o cientista.
“Esse método nos diz que 80% de todas as trajetórias de crescimento possíveis nos dão uma idade desta árvore viva superior a 5.000 anos”, concluiu Barichivich. “Há apenas 20% de chance de que a árvore seja mais jovem.”
A pesquisa não foi oficialmente publicada, mas já teve respaldo de renomados dendrocronologista internacionais, incluindo Harald Bugmann, da ETH Zürich, que disse à revista Science que a abordagem de Barichivich parece “muito inteligente” e "confiável". Em relação ao "Gran Abuelo", ela encontra-se exposta para visitação e está em uma área com reforçada proteção às raízes, mas estima-se que apenas 28% de sua estrutura esteja viva.
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