Artes/cultura
15/06/2022 às 06:30•2 min de leitura
Nativa de uma área na Caatinga, a ararinha-azul foi classificada como Extinta na Natureza desde 2000. Entretanto, um projeto coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) tem trabalhado arduamente para reverter essa situação e os primeiros passos foram dados recentemente.
Graças ao trabalho feito pela ONG alemã Association for the Conservation of Threatend Parrots (ACTP), especializada em cuidar de papagaios ameaçados, 50 ararinhas-azuis nascidas em cativeiro devem vir para o Brasil e serem reintegradas à natureza. Porém, esse não é o único caso em que espécies consideradas extintas foram "ressuscitadas" por pesquisadores. Veja só outros cinco exemplos na lista a seguir!
(Fonte: Shutterstock)
Embora seja o animal símbolo dos Estados Unidos e uma das espécies de águia mais conhecidas no mundo todo, as águias-carecas chegaram a ser consideradas praticamente extintas no século XX. Se no século XVIII existiam cerca de 500 mil espécimes em território americano, na década de 1950 apenas 412 foram identificados.
O principal motivo das mortes era o uso do pesticida DDT, a perda de habitat, a caça ilegal e a poluição no país. Por conta disso, o Congresso dos EUA aprovou a Lei de Proteção da Águia Careca e Dourada de 1940, que impede a caça dessas aves. Atualmente, existem 316 mil espécimes identificados na América do Norte.
(Fonte: Shutterstock)
Os musaranhos-elefante não eram avistados na Somália, de onde a espécie era nativa, há quase 50 anos. Isso fez com que muitos pesquisadores considerarem que a espécie havia entrado em extinção. No entanto, uma equipe de pesquisadores e acadêmicos relatou em agosto de 2020 que vários espécimes tinham sido encontrados.
Em espécies consideradas extintas, é comum encontrar apenas um ou dois indivíduos na natureza. Nesse caso, no entanto, mais de 12 presenças foram constatadas na região e existe a esperança de que eles voltem a se multiplicar.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O Petrel-das-Bermudas, ou Freira-das-Bermudas, é uma espécie de ave que havia sido vista pela última vez na Ilha Nonsuch em 1620. Entretanto, essas criaturas continuam existindo mesmo depois de terem ficado praticamente 400 anos sendo dadas como extintas.
Um pequeno número de pássaros foi visto nidificando no leste das Bermudas na década de 1950, e a população ressuscitou desde então. O Petrel-das-Bermudas é um pássaro escavador e grande parte de seu habitat natural foi destruído pela erosão do mar e pelos danos causados por furacões. Atualmente, o Governo das Bermudas construiu novos locais de nidificação para fomentar o crescimento da espécie.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A tartaruga-gigante-das-galápagos é uma das 12 espécies de tartarugas gigantes nativas das Ilhas Galápagos. Eles são a maior espécie viva de tartaruga na Terra e podem viver até os 177 anos. Entretanto, sua população caiu de 250 mil para apenas 3 mil entre o século XVI até a década de 1970.
Esse declínio inclui muitos fatores, como superexploração, perda de habitat e predação por espécies invasoras. Atualmente, uma série de proteções legais restringiu a caça dessa espécie e os números voltaram a aumentar.
(Fonte: Shutterstock)
O Condor-da-Califórnia é o maior abutre e ave terrestre da América do Norte. No entanto, sua população diminuiu significativamente durante o século XX devido a pesticidas como DDT, caça furtiva e perda de habitat. Em 1987, restavam tão poucos que os cientistas os declararam extintos na natureza.
Nesse momento, chegaram a existir somente 27 espécimes vivendo em cativeiro. Para salvar essas criaturas, o governo dos EUA estabeleceu programas de reprodução em cativeiro em zoológicos selecionados em todo o país. O programa se tornou um dos projetos de conservação mais caros da história do país e muitas dessas aves foram reintroduzidas na natureza.