Artes/cultura
26/06/2022 às 05:00•2 min de leitura
Boa parte das pessoas estremece ao pensar em baixas temperaturas, frio e neve. No entanto, o inverno em muitos lugares, incluindo no Brasil, pode proporcionar cenas verdadeiramente incríveis, entre elas os famosos flocos de neve. Esses intricados e delicados cristais de gelo viajam por muitos quilômetros até chegarem ao chão.
Embora eles flutuem no ar em trilhões, é bem provável que você já tenha ouvido, lido ou até mesmo visto um vídeo em alguma rede social de alguém afirmando que não existem dois flocos de neve iguais ao outro. Embora isso seja bastante interessante, será que é mesmo verdade?
Apesar de tudo o que dizem, sem dúvidas, cada floco de neve difere do outro. É possível que encontremos alguns que são muito semelhantes, especialmente se a comparação for feita no início do desenvolvimento do floco. Mas quando completamente formados, existem diferenças estruturais ainda mais significativas.
(Fonte: Alexey Kljatov/Reprodução)
A formação de um floco de neve se inicia quando o vapor d'água se condensa em torno de uma pequena partícula de poeira alguns quilômetros acima da Terra.
Nessa fase, os cristais de gelo normalmente adotam uma forma de treliça hexagonal, formato que se origina da maneira como os átomos de hidrogênio se conectam aos de oxigênio para gerar água.
Mas algumas bordas desses cristais são irregulares e podem atrair mais moléculas de água que as partes mais uniformes e lisas do hexágono. A questão é que se os flocos de neve parassem nas primeiras etapas de seu desenvolvimento, teríamos muito mais flocos parecidos.
Contudo, eles continuam reunindo mais e mais cristais e, conforme vão se agrupando uns sobre os outros, os padrões originados são cada vez mais distintos. Aqui, cabe lembrar que existem outros fatores que podem interferir no formato e na maneira como os cristais de gelo continuam a se aglomerar.
(Fonte: Alexey Kljatov/Reprodução)
Os principais modificadores são a temperatura e a umidade. Aliás, esses dois fatores ambientais são determinantes para o fracasso ou sucesso de desenvolvimento do floco de neve.
E se você pensa que estudar flocos de neve é coisa de cientista que está com tédio, fique sabendo que isso ajuda a ciência a entender melhor como formas e compostos de cristais poderiam ser usados para várias aplicações, como em semicondutores de eletrônicos e computadores.