Ciência
12/07/2022 às 11:00•3 min de leitura
Nesta segunda-feira (11), a NASA divulgou pela primeira vez imagens feitas pelo telescópio James Webb — o maior telescópio espacial já construído e que foi finalizado no ano passado. Ao todo, cinco imagens foram liberadas de maneira prévia em um evento na Casa Branca, que contou com a presença do presidente norte-americano, Joe Biden.
Nas fotos, é possível ver um pedaço distante do céu, onde galáxias recém-nascidas passaram a se tornar visíveis 600 milhões de anos após o Big Bang. Apesar de ser um grande passo para a ciência espacial, as fotos feitas pelo telescópio James Webb não são as únicas tiradas sobre o espaço na história da humanidade. Pensando nisso, nós separamos uma lista com seis fotografias icônicas e importantes feitas a respeito do universo. Olha só!
(Fonte: NASA/Divulgação)
Antes de 2015, todas as imagens feitas do planeta-anão Plutão mostravam apenas um ponto de luz borrado e embaçado, trazendo poucas informações sobre a composição desse astro localizado a mais de 3 bilhões de quilômetros da Terra. Porém, a passagem da espaçonave New Horizons pelas proximidades de Plutão trouxe mais informações.
Durante essa missão, foi possível notar que o antigo nono planeta do Sistema Solar possui uma geografia dinâmica. A superfície majoritariamente lisa de Plutão sugere que sua crosta tenha se remodelado constantemente, apagando quaisquer crateras de impacto. Além disso, astrônomos especulam que pode existir um mar dinâmico e lamacento sob a grande bacia em formato de coração que aparece nas fotos.
(Fonte: Event Horizon Telescope/Divulgação)
A colaboração internacional de cientistas chamada Event Horizon Telescope foi responsável por conquistar algo inédito para a humanidade: obter a primeira imagem de um buraco negro. Em abril de 2019, os pesquisadores vieram a público comentar sobre o M87, um buraco negro supermassivo localizado no centro da galáxia Messier 87 (M87) — a 53,49 milhões de anos-luz de distância daqui.
De acordo com estudos, o M87 possui 6,5 bilhões de vezes a massa do nosso Sol, que está contida em um único ponto de densidade infinita. Na imagem, podemos ver uma luz avermelhada e branca ao redor do buraco negro, que seria uma amostra de matéria sendo destruída pela imensa gravidade. Logo, essa pequena conquista é um grande passo para sabermos mais sobre um dos fenômenos mais enigmáticos do universo.
(Fonte: NASA/Divulgação)
Em novembro de 2019, o Telescópio Espacial Hubble captou uma imagem de um cometa passando pelo nosso sistema solar. O que torna esse fato único, no entanto, é que esse cometa teria nascido em uma estrela que não faz parte do nosso Sistema Solar, mas que foi lançado no espaço por algum cataclismo desconhecido.
Movendo-se a 160.000 km/h, o cometa não veio para ficar. Essa velocidade é rápida demais para que nosso Sol consiga capturá-lo em sua órbita. O 2l/Borisov, como foi apelidado, é apenas o segundo objeto interestelar registrado em nosso Sistema Solar.
(Fonte: NASA/Divulgação)
No final de 2017, a missão Cassini, criada pela NASA, chegava ao fim. A espaçonave teve uma longa viagem até Saturno, mas acabou desaparecendo em sua atmosfera depois de ter passado mais de uma década em sua órbita. Porém, antes de sumir de uma vez por todas, a Cassini realizou uma série de imagens incríveis.
A mais famosa de todas talvez seja uma foto feita sobrea Terra, vista do lado escuro de Saturno. Em uma distância tão colossal, nosso mundo torna-se apenas um "pálido ponto azul", como diria Carl Sagan, em meio a uma imensidão cósmica.
(Fonte: NASA/Divulgação)
O rover Curiosity posou na superfície de Marte em 2012, logo após ter atravessado uma jornada completamente perigosa. Na época, cientistas da NASA afirmaram que o rover era pesado demais para pousar via paraquedas e precisou do auxílio de foguetes. Passado o turbilhão de emoções, a missão mostrou-se um sucesso e era hora de comemorar.
Desde sua chegada ao planeta vermelho, Curiosity tem investigado Marte em busca de sinais de vida e sondando sua história geológica. Em 2015, o rover tirou uma selfie engraçadinha para saudar os terráqueos. Em todo esse tempo de missão, foi possível confirmar que o planeta costumava ser lar de água corrente, com rios e lagos — tendo chances de ter sido hospitaleiro para a vida no passado.
(Fonte: NASA/Divulgação)
A vastidão do universo só nos mostra que existe espaço para novas descobertas em todos os lados. Uma prova disso é a imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble em 2012, que ficou conhecida como observação "eXtreme Deep Field". A foto é o resultado da combinação de 1 mil exposições de um pequeno pedaço do céu feitas ao longo de 10 anos.
Ao todo, podemos contar 5,5 mil galáxias em uma porção do céu que é menor que um décimo da largura da nossa Lua. De acordo com o site do Hubble, isso é apenas "30 milionésimos de todo o céu observável", o que mostra como cada área do céu que enxergamos contém um número incontável de galáxias, estrelas, planetas e talvez até vida.