Esportes
14/07/2022 às 06:00•2 min de leitura
Muitas invenções que foram feitas pelos homens surgiram a partir da observação da natureza. Há até um conceito que engloba estas criações: chama-se biomimética a área da ciência que estuda as estruturas biológicas para pensar novas soluções tecnológicas.
Neste texto, compartilhamos 5 invenções modernas criadas a partir de plantas e animais.
(Fonte: Heat Press Guide)
A tecnologia do velcro foi criada da década de 1940 por um engenheiro suíço chamado George de Mestral. Tudo começou quando Mestra foi fazer um passeio com seu cão e eles voltaram cobertos de sementes de bardana, que também são chamadas aqui no Brasil de pega-pega.
Ao ver que era bem difícil se livrar daquelas plantinhas grudadas na roupa e no pelo do cachorro, o engenheiro teve a ideia de explorar o potencial daquela planta para pensar em uma tecnologia parecida. Em 1955, ele registrou a patente para um novo fecho de roupas feito de ganchinhos pequenos de nylon que se grudam. Ele deu o nome de velcro à invenção, termo que é uma junção de duas palavras: velours (veludo, em francês) e crochê.
(Fonte: Dreamstime)
A camuflagem descreve os mecanismos que alguns animais dispõem para se “misturar” com o ambiente onde vivem. É o caso do camaleão, que troca de cor, dos insetos que parecem folhas e do urso polar, cuja pele é preta, mas tem pelos translúcidos que parecem brancos. Trata-se de um recurso para se proteger dos predadores.
Nós, humanos, também nos inspiramos nos animais para criar estampas e tecidos que nos camuflam. É o caso dos caçadores e dos membros das forças militares, que vestem roupas verdes ou com estampas para se esconder no meio ambiente e não serem vistos de longe.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O mecanismo dos aviões foi inventado imitando a dinâmica dos pássaros. Os irmãos Wright, reconhecidos como pioneiros da aviação, criaram sua primeira aeronave pilotada simulando o movimento das asas dos pássaros quando o ar as atinge.
Os aviões, assim como os pássaros, “entortam” suas asas para permanecer no ar durante o voo. Os irmãos Orville e Wilbur Wright projetaram sua invenção para que as asas da aeronave produzissem o mesmo efeito.
(Fonte: Mundo Ecologia)
Muitos animais têm proteções naturais que os ajudam a enfrentar o frio. É o caso dos castores, que estão constantemente mergulhando em águas frias. Mas, diferente das baleias, os castores não têm vastas camadas de gordura que os protegem. Esta função é desempenhada pelo seu pelo grosso que segura o ar e evita a passagem da água, mantendo esses bichinhos sempre secos e aquecidos.
Em 2016, um grupo de pesquisadores de engenharia do tradicional Massachusetts Institute of Technoloy (MIT) criou uma roupa de mergulho que imita o efeito do pelo nos castores, só que com borracha. O traje foi bolado para surfistas e atletas de esportes aquáticos em geral, para que pudessem preservar o calor mesmo embaixo d’água.
(Fonte: Bio Orbis)
Cupins são sempre vistos como pragas e todo mundo detesta quando eles aparecem nos móveis de casa. No entanto, os cupinzeiros estão servindo de inspiração para um engenheiro que pesquisa métodos de auto-resfriamento que podem ser usados em projetos arquitetônicos.
O arquiteto zimbabuense Mick Pearce teve esta ideia depois de observar um grande cupinzeiro presente em um campo de golfe. Ele notou que a arquitetura da casa de cupins parecia idealmente projetada para ventilar o ambiente interno. Ele se inspirou então na sua arquitetura para projetar edifícios em Harare, no Zimbábue, e em Melbourne, na Austrália.
A solução encontrada pelo engenheiro envolve a canalização do ar frio do solo para o topo do prédio, quando então é liberado por chaminés presentes no teto.