Ciência
21/07/2022 às 06:30•2 min de leitura
Séries e filmes sobre investigações criminais são excelentes doses de entretenimento e suspense. No entanto, a visão cinematográfica a respeito do trabalho dos investigadores forenses pode soar bastante fantasiosa. Na vida real, os investigadores enfrentam outros tipos de desafios e nem tudo parece um drama tão absurdo.
Embora seja muito divertido imaginar a adrenalina desses trabalhadores para solucionar um caso, programas desse gênero trazem aspectos nem tão corretos sobre como o mundo realmente gira. Pensando nisso, nós separamos uma lista com cinco coisas que o CSI te ensinou errado sobre ciência forense. Olha só!
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(Fonte: Pixabay)
Ao contrário do que parece na TV, testes de DNA demoram muito mais tempo do que podemos imaginar. Em determinados casos, tecnologias mais recentes como o RapidDNA podem fornecer resultados primários em até 90 minutos, mas estão longe de ser amplamente difundidas e utilizadas nesse segmento.
O tempo que demora para sair um teste de DNA pouco tem a ver com os instrumentos utilizados e mais com uma lista de pendências a ser resolvida. Em um caso criminal com cerca de 30 amostras de DNA coletadas, primeiro é preciso entrar numa lista de espera para conseguir utilizar os equipamentos e ainda tem todo o tempo necessário para olhar cada amostra de perto. Logo, mesmo os sistemas mais rápidos podem levar dias para funcionar.
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Em uma cena de crime, as impressões digitais sempre parecem ser a primeira pista a se procurar. Entretanto, encontrá-las é muito mais difícil do que parece. No geral, existem diversas formas de uma amostra ser arruinada e tornar-se impossível obter qualquer dado conclusivo.
Por exemplo, somente os óleos presentes na pele de um ser humano podem ser suficientes para que uma impressão digital não grave direito em uma superfície. Além disso, costuma ser bem complicado coletar uma amostra de digital de uma arma sem que ela borre durante o processo — algo que impossibilitaria qualquer comparação com bases de dados.
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Como listado nos outros tópicos, impressões digitais e amostras de DNA são relevantes, porém nem sempre trarão alguma informação útil para a investigação. Casais, por exemplo, realizam trocas constantes de DNA durante uma relação ou em um simples abraço, algo que não colocaria necessariamente o parceiro da vítima na lista de suspeitos.
Impressões digitais parciais, por sua vez, aparecem constantemente em cenas de crimes e não levam a lugar algum. Um investigador pode até encontrar algumas semelhanças de padrão com uma amostra pela metade, mas ela dificilmente será suficiente para apontar um culpado.
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Nos seriados, os analistas forenses parecem ser figuras proeminentes no meio de investigações criminais e sempre muito ricos. Porém, existe muito menos glamour em torno da profissão, com salários longe de serem exorbitantes e com autoridade limitada em casos criminais.
Por exemplo, pelo menos na maioria dos lugares, os cientistas forenses não podem dar voz de prisão a um suspeito. Por ser uma profissão que entra em menos contato com o perigo constante, esses trabalhadores não são os melhores remunerados em uma delegacia de polícia. Até por isso, muitos acabam buscando um segundo emprego.
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A profissão de investigador criminal parece muito mais radical quando retratada nas telonas e telinhas. Na vida real, existe muita papelada envolvida por trás do trabalho em campo. Tudo que é encontrado em uma cena de crime precisa ser minuciosamente documentado — algo que requer bastante tempo.
As fotos precisam ser submetidas à prova em um CD ou outra mídia com cadeia de custódia. Com isso, um investigador passa uma bela porção do seu trabalho relatando acontecimentos. Para cada hora passada em uma cena criminal, muitas horas de trabalho de escritório não são noticiadas.