Estilo de vida
21/09/2022 às 08:00•2 min de leitura
O preço do barril do petróleo chegou a US$ 123 em junho de 2022, puxando o valor da gasolina para mais de R$ 7 no Brasil. A inflação, medida pelo Índice de Preços Gerais ao Consumidor (IPCA) no segundo semestre do ano, fechou em 3,04%, influenciada pela alta dos combustíveis.
Quando o preço da gasolina sobe, uma série de produtos encarecem junto. Sabe por quê? Em alguns casos, como o açúcar, o valor cobrado pelo etanol depende da variação de preço do derivado do petróleo e reduz o volume de cana para fabricar o adoçante. Em outros casos, está embutido nos custos de produtos e serviços.
O que mais ocorre, porém, é que uma série de objetos presentes em nossas vidas são derivados do petróleo, desde a indústria de alimentação, dependente de fertilizantes, até os eletrônicos, que dependem do plástico. Uma crise do combustível fóssil ainda abala a economia global e causa estragos em países consumidores e produtores, como o Brasil.
(Fonte: Pexels/Andrea Piacquadio/Reprodução)
A gasolina no Brasil, mesmo por volta de R$ 5, conforme média semanal atual da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), é cara para o brasileiro. Mas não é a mais salgada do mundo.
O título de gasolina mais cara pertence à Hong Kong, em um ranking elaborado pela Global Petrol Prices, com o litro custando quase US$ 3 em setembro. Em segundo e terceiro, as nações africanas de Zimbábue e República da África Central.
A mais barata é a da Venezuela, saindo por pouco mais de US$ 0,02 por litro, seguida da Líbia (US$ 0,30) e do Irã (US$ 0,53) — todos países produtores de petróleo. As nações petrolíferas, aliás, são a maioria entre a gasolina mais barata no mundo.
Como exceção, apenas o Brasil está no meio, com o combustível de automóvel custando US$ 0,96, o equivalente à cerca de R$ 5. Nos Estados Unidos, o litro sai por pouco mais de US$ 1 e na China, US$ 1,29 por litro. No ranking total, entretanto, os brasileiros estão na 84ª posição.
(Fonte: Pixabay/David Mark/Reprodução)
Quem abastece o carro com frequência percebeu a diferença de preços entre junho e setembro nas bombas dos postos. A média cobrada pelo litro gasolina saiu de perto de R$ 8 para R$ 5, segundo a ANP. O valor do gás de cozinha e do diesel acompanhou esse movimento de baixa.
Essa baixa de preço é atribuída a uma conjuntura de medidas. A principal delas é a queda no valor cobrado pelo barril do petróleo, que recuou 25% no período e é o principal influenciador do preço sobre combustíveis. Além disso, o governo federal aprovou uma lei limitando em 17% o Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) sobre a gasolina, prática claramente ligada ao ano eleitoral.
Apesar desse esforço recente, o Brasil continua com a gasolina mais cara entre os países produtores de petróleo. O valor é superior ao cobrado em março de 2021, que era de R$ 4,49, enquanto o barril custava US$ 120 no mercado internacional.