Ciência
26/09/2022 às 13:00•2 min de leitura
Furacões e tufões são o mesmo fenômeno meteorológico, que recebem um ou outro nome, dependendo de onde eles ocorrem. Se a tempestade acontece no Atlântico ou nordeste do Pacífico, é chamada de furacão. Já no noroeste do Pacífico, as tempestades são chamadas de tufão. Há ainda uma terceira classificação no Oceano Índico e no sudoeste do Pacífico: ciclone tropical severo.
Embora as três possam ser consideradas tipos de ciclones, essas tempestades podem variar em intensidade e duração. Dar nomes diferentes, ajuda os especialistas na hora de se comunicar e alertar para evitar maiores danos.
Porém, isso nem sempre é possível. E as consequências, como você pode conferir abaixo, podem ser bastante danosas.
Vista de Nova Orleans inundada após o furacão Katrina.
Embora seja difícil estimar qual a tempestade que causou mais danos econômicos, o Katrina, de 2005, é citado como “o furacão mais caro de todos os tempos”. Na ocasião, o Governo Bush solicitou US$ 105 bilhões de dólares para lidar com os reparos necessários — principalmente na região de New Orleans —, mas o valor foi considerado insuficiente. Em 2022, o valor total foi calculado em cerca de US$ 186 bilhões.
O Katrina foi seguido, em valores oficiais, pelo furacão Harvey de 2017, cujos danos custaram cerca de US$ 149 bilhões. Ele causou inundações generalizadas no sudeste do Texas, tendo deixado diversas pessoas desabrigadas.
Ele é seguido pelo furacão Maria, também de 2017, que causou US$ 107 bilhões em danos em Porto Rico. Já o furacão Sandy, que inundou os túneis do metrô da cidade de Nova York e outras áreas em 2012, custou cerca de US$ 82 bilhões ao governo dos EUA.
Mapa traçando a trilha e a intensidade do Ciclone de Bhola.
Existiram muitos ciclones que causaram um número enorme de vítimas. Em 1970 o Ciclone de Bhola atingiu Bangladesh e parte da Índia. No primeiro dia da tempestade, os ventos variavam entre 137 e 145 km/h. Porém, conforme o ciclone avançava, foram registrados ventos de mais de 220 km/h. Oficialmente, foram registrados 300 mil mortos, mas esse número pode ter sido muito maior, com algumas fontes sugerindo até 500 mil vítimas fatais.
O Ciclone do Rio Hooghly — ou Ciclone de Calcutá — teve uma proporção semelhante, tendo deixado entre 300 mil e 350 mil mortos. Ele atingiu o continente — em uma região bem próxima do Ciclone de Bhola — no dia 11 de outubro de 1737 e causou ondas de até 13 metros de altura.
Não menos trágico foi o Tufão de Haiphong, em 1881. Ele teve origem na costa das Filipinas e se deslocou em direção ao Vietnã. O número de mortos também foi de cerca de 300 mil, com outras tantas pessoas tendo morrido nos meses seguintes por doenças.
Na região do Atlântico, os furacões nunca tiveram as mesmas proporções que no Índico. No século XVIII, uma tempestade que ficou conhecida como O Grande Furacão de 1780 teria matado cerca de 22 mil pessoas, com o maior número de mortos nas ilhas de Barbados, Martinica e Santo Eustáquio. Já em 1900, a tempestade de Galveston, no Texas, matou entre 6 mil e 12 mil pessoas, sendo o furacão mais mortal nos EUA.