Estilo de vida
12/10/2022 às 13:00•2 min de leitura
Nascido em Estocolmo, Suécia, em 21 de outubro de 1833, Alfred Nobel foi químico, inventor e empresário. Ao longo de sua vida, fez inúmeras contribuições à ciência, tendo a posse de pelo menos 355 patentes, que é o título de propriedade temporária sobre uma invenção. De suas criações, a mais famosa é certamente a dinamite.
Conseguir unir o poder da nitroglicerina com a estabilidade da pólvora fez de Nobel um homem muito rico, mas também incomodado. Mas até que o arrependimento batesse à sua porta, criou outros explosivos, como a gelatina explosiva e a ballistite, predecessor dos propulsores militares.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Terceiro filho de Immanuel Nobel e Karolina Andriette Nobel, Alfred se interessou por ciência desde a infância, influência do pai. Quando pequeno, estudou com vários professores particulares, se destacando principalmente no campo da química e no aprendizado de idiomas.
Ainda jovem, tornou-se fluente em inglês, francês, alemão e russo. Sua genialidade, aparentemente, possuía pouca relação com a ida a uma escola, já que só esteve em uma por 18 meses. Enveredou por um breve período na literatura, escrevendo poesia em inglês e uma tragédia, considerada escandalosa e blasfema. O livro só seria reeditado em 2003.
(Fonte: Wikimedia Commons)
A vida de Alfred Nobel deu uma guinada quando mudou para Paris, em 1850. Lá, deu continuidade aos seus estudos com Ascanio Sobrero, o químico italiano que inventou a nitroglicerina. Nobel ficou fascinado com o produto, decidindo pesquisar uma maneira para controlar e usar a nitroglicerina como explosivo comercialmente viável.
Nos próximos anos, o cientista estudou e trabalhou muito, até registrar sua primeira patente, aos 24 anos. Ao voltar à Suécia, dedicou-se ao estudo sobre explosivos, que culminariam na invenção da dinamite, em 1867. O intenso uso na mineração e na construção de redes de transporte levou a que Alfred se tornasse um homem muito rico.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O trabalho com a nitroglicerina levou Alfred Nobel a inventar muitas coisas, mas não há como fugir: suas principais criações foram a dinamite, a ballistite e a gelatina explosiva. No entanto, sua contribuição à humanidade é extensa, já que manteve 355 patentes em seu nome.
Entre suas invenções, estavam o aperfeiçoamento da preparação e uso da pólvora, maneiras de produzir substitutos para borracha, couro e verniz, soldagem de metais, inibidores de som e recuo para armas de fogo, foguetes com motor, medidos de gás e aparelho para medir líquidos.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Ao ser aceito como membro da Real Academia Sueca de Ciências, Alfred Nobel tentou encontrar uma maneira de contribuir positivamente com a humanidade. Acredita-se que o maior passo surgiu de uma manchete equivocada de um jornal francês, que noticiou sua morte, em 1888, quando, na verdade, era seu irmão Ludvig que havia falecido.
A manchete "O mercador da morte está morto" o afetou profundamente. Alfred não desejava ser lembrado desta forma, então, estabeleceu em seu testamento que, após sua morte, a maior parte de sua riqueza seria administrada pela Real Academia. No entanto, eles deveriam utilizar o dinheiro para fundar um prêmio, que fosse concedido anualmente a quem, independente da nacionalidade, contribuísse com a evolução da humanidade.
Foram estabelecidos cinco distinções: Física, Química, Medicina, em 1895, e Literatura e da Paz, a partir de 1901. Há um sexto, de Economia, que vive uma controvérsia. O Banco Central da Suécia é quem o entrega, mas como uma honraria "em memória de Alfred Nobel". Por essa razão, muitos não o consideram um Prêmio Nobel "oficial".
De acordo com o balancete da instituição que outorga os prêmios, o capital atualizado para a premiação supera a marca de US$ 500 milhões.