Artes/cultura
05/12/2022 às 12:00•2 min de leitura
O telescópio espacial James Webb foi lançado em 25 de dezembro de 2021 na base especial de Kourou, na Guiana Francesa. Projetado desde 1996, o equipamento demandou um investimento que chegou aos 10 bilhões de dólares.
Todo esse esforço foi realizado com um objetivo: o de promover uma nova visão do espaço, permitindo a observação de fenômenos que poderiam ajudar a ter um melhor entendimento acerca do Big Bang e o nascimento do universo.
Menos de um ano após o seu lançamento, o telescópio espacial já obteve algumas imagens impressionantes, obtendo detalhes mais nítidos de estrelas e nuvens de poeira cósmica. Confira, agora, algumas de suas imagens mais incríveis:
Registro do processo de nascimento das estrelas. (Fonte: NASA/Reprodução)
Essa imagem, que lembra uma cordilheira, registra o nascimento de uma estrela na Nebulosa Carina, que fica a cerca de 7.500 mil anos-luz de distância da Terra. O James Webb foi concebido para suceder o Hubble, e uma das suas grandes diferenças se dá devido ao Webb ter a capacidade de obter imagens infravermelhas, garantindo registros inéditos.
Quatro galáxias aparecem interagindo nessa belíssima imagem do quinteto espacial. (Fonte: NASA/Reprodução)
O nome escolhido para o maior telescópio espacial já concebido faz referência ao segundo administrador da Agência Espacial dos Estados Unidos (NASA), James Edwin Webb, que ocupou o cargo entre 1961 e 1968, sendo um dos nomes por trás do famoso Programa Apollo. Essa escolha, apesar de ter sido questionada em virtude da acusação de homofobia envolvendo seu nome, foi mantida.
Visão de uma estrela expelindo gás e poeira. (Fonte: NASA/Reprodução)
Para obter esses registros, foi necessário que o James Webb pudesse se localizar num local mais distante, indo além dos 600 quilômetros de distância que o telescópio Hubble atingiu. Diferente deste, o Webb não está na órbita da Terra, mas num ponto do espaço em que a gravidade da Terra e do Sol se anulam, chamada de Ponto Lagrange ou de L2.
Ou seja, o equipamento segue alinhado à Terra enquanto o planeta gira ao redor do Sol. Na prática, isso significa que o telescópio está a mais de 1,5 milhão de quilômetros de distância, impossibilitando que qualquer nave tripulada possa fazer sua manutenção, se for necessário.
A imagem mostra a visão do universo obtida com infravermelho médio, na esquerda, e com infravermelho próximo, na direita, permitindo a comparação. (Fonte: NASA/Reprodução)
Na imagem acima, os pontos brilhantes de azul, amarelo, vermelho, laranja e verde são galáxias e estrelas. Obtida em apenas um dia, ela permite mostrar a capacidade do Webb de observar objetos distantes com maior riqueza de detalhes em menos tempo, sendo outra vantagem em relação ao Hubble, que levaria semanas para fazer um registro semelhante do Universo.
A expectativa é que o telescópio fique em operação por 10 anos, ou seja, ainda há bastante tempo para que novos registros e descobertas apareçam. Vale apena acompanhar isso de perto!