Ciência
25/12/2022 às 10:00•2 min de leitura
Grace Brewster Murray Hopper (1906-1992), é considerada uma das mentes mais geniais por trás do primeiro computador eletromecânico dos EUA. Em sua jornada tecnológica, ela foi pioneira em uma linguagem de programação computacional criada há décadas e que, acredite, é usada até hoje.
Hooper foi criada por um pai que valorizava a educação das filhas. Não por acaso, ela era autoconfiante, consciente da importância do trabalho duro e da necessidade de perseguir seus sonhos.
(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)
Hooper não foi somente uma pioneira no setor da computação. Também foi uma oficial da Marinha dos EUA. Em 1930, conquistou seu mestrado e, em 1934, recebeu seu PhD em matemática pela renomada Universidade de Yale. Mas, sem dúvidas, ela é mais lembrada devido as suas contribuições para a programação de computadores, em uma época onde tudo isso quase nem existia.
Aqui, podemos incluir projetos envolvendo o desenvolvimento de softwares, implementação de linguagens de programação e design. Sempre atuante e com forte personalidade de independência e inovação, Hooper conquistou longas carreiras de excelência, tanto na Marinha (área tecnológica) quanto na indústria de computadores.
Para muitos, Hooper era uma grande mente da matemática e uma pioneira quando o assunto era computação. Sua própria trajetória de vida confirma isso.
Afinal, Grace Hooper desenvolveu uma tecnologia de programação que mudou para sempre o funcionamento dos computadores e o fluxo de informações. Em outras palavras, foi ela quem abriu a porta para o setor de processamento de dados moderno.
(Fonte: Wikipedia/ Reprodução)
Com a chegada da Segunda Guerra Mundial, Hooper decidiu que não poderia ficar sem se envolver. Tentou ingressar nas forças armadas, mas foi rejeitada. Contudo, sua insistência a fez a ser aceita em momento posterior.
Após receber sua comissão, Grace passou a fazer do Projeto de Computação do Bureau of Ships da Universidade de Harvard. Lá estava ela com a equipe que trabalhava com a calculadora de sequência controlada automática da IBM, o Mark I, o primeiro computador eletromecânico dos EUA.
Entre 1946 e 1949, Hooper continuou atuando nos projetos MARK II e MARK III na Marinha. Porém, terminados os seus três anos de prestação de serviços, foi obrigada a abandonar o cargo de pesquisadora, pois, na época, Harvard não contava com cargos para mulheres.
(Fonte: Wikipedia/Reprodução)
Por volta de 1949, Grace trabalhou no projeto UNIVAC I e II, liderando as primeiras pesquisas sobre a programação automática. A mulher era incansável, sempre explorando novas formas de codificar programas.
Em 1952, surgiu de suas mãos e mente o primeiro compilador de dados batizado A-0 que, basicamente, traduzia códigos matemáticos em códigos legíveis por máquinas. Algo essencial na trajetória do desenvolvimento de linguagens de programação modernas.
Em 1953, Hooper teve mais uma de suas ideias incríveis: escrever softwares em palavras, em vez de símbolos. Isso foi um verdadeiro avanço. Quando o ano de 1956 chegou, seu trabalho juntamente com o de sua equipe já estava dando frutos com o FLOW-MATIC, a primeira linguagem para programação que usava completamente comandos de palavras.
Grace Hooper atuou durante toda sua vida visando fazer a computação evoluir e se tornar mais acessível a todos. Mesmo após se aposentar (por duas vezes) continuou envolvida em trabalhos desse tipo.
(Fonte: Vassar.Edu/ Reprodução)
Suas habilidades na sala de aula, com certeza, ajudaram a despertar a paixão pela programação em muitas pessoas. Aliás, no ano de 1973, Grace Hooper se tornou a primeira mulher de qualquer país e a primeira pessoa dos EUA a ser reconhecida com o título de Distinguished Fellow da British Computer Society.
Em vida, Hooper recebeu várias medalhas e honrarias. Mas, talvez, a maior delas foi ter aberto as portas da programação e simplificado o universo dos computadores para muita gente, ampliando o acesso dos usuários ao mundo tecnológico.
Ah, o COBOL (Common Business-Oriented Language) que muitos programadores conhecem hoje teve a mão de Hooper que queria possibilitar para gerações de não especialistas a chance de fazer sua própria programação.