Ciência
02/01/2023 às 08:00•2 min de leitura
Moradores e turistas passaram as festas de fim de ano em cidades da Flórida, nos Estados Unidos, se depararam com uma cena bastante peculiar: iguanas caindo de árvores. Muitos deles, inclusive, estão com medo de serem atingidos pelos répteis.
Comum no inverno, o fenômeno da “chuva de iguanas” já ocorreu em outros anos, mas a quantidade de casos pareceu ser maior no final de 2022, conforme os relatos nas redes sociais. E a explicação para o aumento é simples: a onda de frio intenso que tomou conta da América do Norte nos últimos dias.
Normalmente, o estado da Flórida não tem temperaturas tão baixas quanto as registradas em outras partes do país, mesmo na estação mais fria do ano. Porém, o evento climático histórico, que derrubou os termômetros no Natal, também chegou à região sudeste do território norte-americano.
(Fonte: Shutterstock)
Em Miami, a temperatura mínima no dia 25 de dezembro foi de 6?°C, algo totalmente atípico para a ensolarada cidade costeira. Segundo o serviço de meteorologia local, trata-se do Natal mais frio já registrado oficialmente pela instituição.
Assim como os humanos, as iguanas também foram afetadas pela onda de frio histórica que chegou à Flórida. Animais de sangue frio, elas podem entrar em estado de paralisia temporária ao ter contato com as baixas temperaturas — o mesmo acontece com outros répteis.
Com isso, algumas funções do sistema nervoso são colocadas em “modo de espera”, para preservar o calor dos órgãos vitais. Se a iguana estiver dormindo em uma árvore, no momento da paralisia, ela perderá o controle muscular e cairá, aparentemente sem vida.
As iguanas podem ficar agressivas ao acordar da hibernação. (Fonte: Shutterstock)
Vale destacar que a maioria delas, encontradas nesta região dos EUA, é nativa de países com clima mais quente, nas Américas do Sul e Central. Por isso, os animais precisam acionar o mecanismo de sobrevivência para lidar com o ar gelado da estação.
Outro detalhe curioso é que estes répteis podem chegar a medir 1,8 metro de comprimento e pesar mais de 15 kg, em certos casos. Ou seja, se atingirem uma pessoa ou um carro durante a queda da árvore, dependendo da altura, podem causar algum estrago.
Preocupadas com os animais em estado letárgico no chão e com aparência de mortos, algumas pessoas quiseram levar o réptil que caiu da árvore para casa ou para o interior do carro, na tentativa de aquecê-lo. Mas isso não é uma boa ideia.
De acordo com a Comissão de Pesca e Vida Selvagem da Flórida, as iguanas se recuperam rapidamente do estado de hibernação e ficam na defensiva quando voltam ao seu estado físico normal. Neste momento, podem usar sua cauda, dentes e garras afiadas contra quem as pegou.