Ciência
30/12/2024 às 15:00•2 min de leituraAtualizado em 30/12/2024 às 15:00
Os pesquisadores estão sempre em busca de novas pistas arqueológicas que ajudem a desvendar o mundo. E um esqueleto, aparentemente, é um verdadeiro tesouro cheio de informações históricas.
Os restos humanos antigos podem nos oferecer um vislumbre sobre como a vida era no passado, além de aumentar o nosso conhecimento na biologia. Em especial, alguns desses esqueletos esclareceram aspectos interessantes da nossa história.
Arqueólogos resolveram escavar artefatos da tumba do imperador chinês Wen de Han, que ficou fechada por mais de 2 mil anos. Eles acharam algo impressionante junto aos seus restos mortais: o esqueleto de um urso panda.
Os pesquisadores, que fazem parte do Instituto de Arqueologia da Academia Chinesa de Ciências Sociais, conseguiram desenterrar mais de 1.500 artefatos que estavam ao redor do local de sepultamento do imperador. Entre eles, estavam carruagens de bronze, estatuetas de cerâmica e cavalos.
Mas, sem dúvida, o que mais impressionou foi o panda-gigante. Acredita-se que o imperador foi enterrado ao lado do animal como uma demonstração de poder.
Um homem chamado Andreas Pernerstorfer estava reformando sua adega quando se deparou com os restos de um mamute da Idade da Pedra. Inicialmente, ele achou que era só um pedaço de madeira, mas no fim era a estrutura óssea de uma criatura extinta há cerca de 30 mil a 40 mil anos.
Cientistas austríacos foram então convidados a escavar o porão. O mais impressionante foi o que aconteceu depois: havia não apenas um, mas três esqueletos de mamute! Eles pontuaram que esta é a descoberta arqueológica mais significativa na Áustria em mais de um século.
Quanto as amputações começaram a ser feitas? O que se sabe é que, há cerca de 31 mil anos, uma amputação cirúrgica aconteceu em Bornéu, Indonésia. Essa descoberta foi feita em 2020, quando arqueólogos escavaram um esqueleto de uma caverna de calcário na região de Kalimantan Oriental.
Eles verificaram que o pé esquerdo havia sido removido de forma limpa e então cicatrizado para formar um coto. A análise sugeriu que essa pessoa teria vivido pelo menos mais seis anos após passar por este procedimento.
Quem removeu o pé tinha uma habilidade técnica impressionante e um forte conhecimento da anatomia humana. Por isso, o esqueleto achado trouxe novas luzes sobre as habilidades dos homens caçadores e coletores que viviam por lá.
Arqueólogos ingleses encontraram na parte rural da Grã-Bretanha os restos mortais de 2 mil anos de um homem nascido no sul da Rússia. Por um tempo, ninguém conseguia explicar como ele havia parar lá.
Uma equipe do Instituto Francis Crick em Londres extraiu e decodificou o DNA contido em um pequeno osso em seu ouvido interno. A análise mostrou que o homem era um sármata, um grupo nômade que se estabeleceu no sul da Rússia, e que teria morrido entre 126 e 228 d.C.
Seguindo com a pesquisa, os cientistas da Universidade de Durham examinaram os dentes do esqueleto, no intuito de aprender mais sobre sua dieta. Eles descobriram que o falecido comia grãos de cereais que cresciam nas regiões da Sarmácia. Só que, à medida que envelhecia, começou a comer menos grãos e mais trigo da Europa Ocidental. Assim, concluíram que ele havia migrado para lá.