Artes/cultura
16/01/2023 às 10:00•2 min de leitura
Responsável não apenas por estudar a conjuntura universal para além da atmosfera terrestre, a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) é a linha de frente no combate a potenciais corpos espaciais invasores. Ao lado da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), a empresa norte-americana usa toda sua tecnologia para monitorar perigos impulsionados pelo movimento de asteroides e conta com um processo em etapas para evitar danos catastróficos ao planeta.
Esse sistema de defesa foi possível graças à realização de inúmeras pesquisas. Há décadas, as agências se reúnem para simular possíveis casos que exigiriam uma preparação imediata de resposta do planeta. Em novembro de 2001, por exemplo, após um financiamento de R$ 1,8 bilhão, a missão Double Asteroid Redirection Test (DART) foi lançada de da Base da Força Espacial de Vandenberg, no estado da Califórnia, para desviar dois corpos rochosos que orbitavam o Sol.
Embora asteroides com alto poder de destruição sejam raros, a NASA busca garantir que haja uma resposta preventiva a todo tipo de ameaça cósmica à vida humana. Estima-se que, a cada um milhão de anos, um asteroide de 1,6 quilômetro de largura atinja a Terra, e em setembro de 2022 foi revelado que aproximadamente 25 mil rochas estariam próximas do planeta, apesar de todas apresentarem baixo risco de colisão. "Não é uma questão de 'se', mas 'quando' vamos lidar com tal situação", disse o astrofísico Thomas Zurbuchen.
Para combater um asteroide assassino, a NASA e a FEMA ativam um procedimento de cinco etapas que deve ser seguido rigorosamente pelos agentes. No primeiro momento, há a convocação de um grupo de no máximo 12 cientistas por meio de um ofício. Eles se reúnem imediatamente para analisar questões que envolvam os riscos, como velocidade da rocha, tamanho, direção de impacto e condições de desvio.
(Fonte: NASA / Reprodução)
Após estudarem a rota do asteroide como parte da segunda etapa da estratégia defensiva, os pesquisadores conseguem determinar quanto tempo está previsto para que o impacto real ocorra. Porém, nesse momento, a NASA sozinha não tem poder de confirmar a colisão como inevitável; sendo assim, os agentes entram em contato com a FEMA para analisar essa possibilidade e atestar o possível futuro encontro.
Dessa forma, com todas essas etapas concluídas e oficializadas, representantes de todo o planeta devem ler um documento público para atualizar a população sobre o evento. Nessa altura, empresas espaciais de diversas regiões da Terra começam a discutir as formas mais eficazes de proteger a humanidade. Essas medidas incluem defletir o objeto, atirar lasers em sua superfície, enviar uma nave em direção a ele, detonar bombas de proximidade ou programar satélites de observação.
"No entanto, como observado anteriormente, nenhum humano nos últimos 1000 anos foi morto por um meteorito ou pelos efeitos de um impacto", comenta a NASA. "De fato, tanto quanto podemos dizer, nenhum objeto grande provavelmente atingirá a Terra nos próximos cem anos. É tarde demais para os dinossauros, mas hoje os astrônomos estão realizando buscas cada vez maiores para identificar todos os objetos maiores que representam um perigo de impacto para a Terra."