Artes/cultura
08/03/2023 às 10:00•2 min de leitura
Já pensou como seria o efeito de uma espécie de superpoder sensorial capaz de auxiliar na busca por comida e mesmo na escolha da pessoa amada, além de atuar na proteção, evitando a exposição a possíveis perigos no dia a dia? Seria uma função instintiva para lá de impressionante, não é mesmo? É exatamente isso o que define os feromônios.
A expressão feromônio vem do grego e significa "que transmite excitação". Ou seja, são moléculas que desempenham uma função de mensageiro, presente em diversas espécies animais, atuando tanto na comunicação quanto no seu comportamento.
No mundo animal, feromônios permitem que se saiba mais sobre a saúde e personalidade de outro animal e estabelecendo a comunicação. (Fonte: Getty Images/Reprodução)
Nos cachorros, por exemplo, eles desempenham um papel ativo na socialização, explicando o motivo de vermos volta e meia os doguinhos cheirando a urina de outros por aí. Esse comportamento, apesar de soar um pouco estranho para a gente, para eles é a oportunidade de conhecer melhor algumas características do outro animal.
Nas formigas, por outro lado, os feromônios auxiliam também em tarefas rotineiras, como alerta para outras acerca de uma determinada informação, provocando a fuga. Para diversas espécies, o cheiro dos feromônios é a base da comunicação, orientando várias decisões.
E claro, se há algum equívoco, o preço pode ser alto: se uma dessas formigas acaba confusa e libera a substância, pode acabar passando uma informação errada para outras da colônia, que são orientadas pelos feromônios.
Uma vez que não consigam encontrar um caminho, elas ficam rodando em círculos, na chamada "espiral da morte", que geralmente culmina com elas morrendo de exaustão.
(Fonte: Getty Images/Reprodução)
Naturalmente, também há bastante especulação se os feromônios estariam presentes na vida humana e muito se especula sobre o seu poder de influenciar estados de espírito e de mesmo atrair a pessoa desejada. Há até mesmo feromônios vendidos em frascos com as mais variadas funções.
Por outro lado, alguns estudos já se debruçaram sobre essa questão. Um deles, publicado na Royal Society Open Science em 2017, analisou o comportamento de adultos na presença de esteroides especulados como feromônios humanos, como a urina.
E por incrível que pareça, nenhum comportamento diferente foi observado nos participantes, impossibilitando que os feromônios fossem apontados como motivo para gerar atração em um potencial parceiro de forma similar à observada em outros animais.
No final das contas, até o momento, nenhum estudo conseguiu provar que de fato existam feromônios humanos ou que alguma substância tenha tal poder de impactar ações, quanto mais a atração humana, que é tão subjetiva.
Seguimos sem culpados para apontar, mas sabemos que um bom perfume permanece sendo essencial na hora da conquista! Por ora, essa química presente em nossa mente vai continuar sendo um mistério, talvez um pouco mais do que gostaríamos, mas talvez seja esse o motivo dela ser tão intrigante ainda hoje.