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16/03/2023 às 13:00•2 min de leitura
Também apelidada de “o cobertor da Terra”, a atmosfera do planeta é responsável por contém o oxigênio que precisamos para viver e também nos proteger da radiação solar ultravioleta nociva – que, ainda assim, causa estragos a longo prazo. A atmosfera consegue criar uma pressão inigualável sem a qual a água líquida não poderia existir na superfície do planeta, também o mantendo em temperaturas habitáveis.
Com isso, surge a dúvida, como seria a temperatura da Terra se não existisse a atmosfera?
(Fonte: New Scientist/Reprodução)
Fina e contendo a massa de apenas um milionésimo do total do planeta, cerca de 80% da atmosfera está contida em sua camada mais baixa, a troposfera, que tem, em média, apenas 12 quilômetros de espessura. Os cientistas aceitam que o padrão de distância entre a atmosfera e o espaço é de cerca de 100 quilômetros acima da superfície da Terra. A cerca de 8 quilômetros de altitude, não há oxigênio suficiente para a vida humana e a 19 quilômetros, o sangue ferve se não estiver em um ambiente pressurizado.
Estima-se que a atmosfera mais antiga da Terra tenha se formado há 4,6 bilhões com os gases expelidos pelos vulcões conforme a Terra ia esfriando. Essa composição incluía sulfeto de hidrogênio, metano e dez a 200 vezes mais dióxido de carbono do que a atmosfera sustenta atualmente. Após cerca de meio bilhão de anos, a superfície do planeta esfriou e solidificou o suficiente para que a água se acumulasse nela.
(Fonte: Space.com/Reprodução)
Assim como em outros planetas, a temperatura na Terra depende muito da composição da atmosfera e da importância dos efeitos do efeito estufa. Aqui, a temperatura se mantém em um nível confortável porque a atmosfera retém parte do calor do Sol, aquecendo a superfície e sustentando a vida, proporcionado pelos gases estufa presentes em nossa atmosfera, que absorve parte da radiação infravermelha de calor e irradia parte para superfície do planeta para aquecê-lo.
Sem esses gases, a temperatura média da superfície da Terra seria -18 °C. Com isso, a água congelaria e a vida como a conhecemos não seria possível.
(Fonte: University of Toronto/Reprodução)
Os gases do efeito estufa são compostos por várias moléculas que ocorrem naturalmente, como dióxido de carbono, metano e ozônio, mas o último século de atividade humana, com a queima de combustíveis fósseis, agricultura intensiva, pecuária e desmatamento –, aumentaram drasticamente essas concentrações de gases na atmosfera da Terra de maneira tão grande a ponto de mudar o clima do planeta.
A Revolução Industrial foi a responsável por dar início a esse problema, a começar pelo aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera em mais de 40%, sendo que a última vez que a Terra teve concentrações semelhantes foi durante a época do Plioceno, entre 5 milhões e 2 milhões de anos atrás.
(Fonte: Stanford News/Reprodução)
Desde a década de 1850, a temperatura média global do ar na superfície aumentou cerca de 0,8 C, enquanto as temperaturas do oceano estão nos níveis mais altos já registrados. O ceticismo e a ideia de que a mudança climática é uma construção política não apenas não muda a situação e a direção para a qual a humanidade está caminhando, como também cresce em sua velocidade.
Nas próximas décadas, é esperado que haja um aumento dos gases do efeito estufa, prejudicando ainda mais a saúde humana, causando seca generalizada, contribuindo para o aumento do nível do mar e a diminuição da segurança nacional e o bem-estar econômico.