Artes/cultura
25/03/2023 às 11:00•3 min de leitura
Um dos ramos mais importantes da Biologia e da Geologia, a paleontologia é uma ciência que pesquisa o passado do nosso planeta, de maneira a entender, a partir de fósseis, como a vida evoluiu e como os ambientes foram modificados. Mas o acaso também parece interessado em desvendar a história, muitas vezes colocando os pesquisadores diante de fósseis por acidente.
Essa descoberta casual não desmerece o trabalho de paleontólogos, no máximo diminui um pouco a emocionante exploração destes profissionais que se dedicam tanto em estudos. Seja como for, elaboramos uma lista com os fósseis mais incríveis encontrados por acaso nos últimos anos. Curiosos? Confiram.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O geólogo Mark McMenamin tem um longo histórico como pesquisador e professor, ministrando aulas na Universidade de Massachusetts. O que ele certamente não imaginaria é estar caminhando um dia para sua casa e se deparar com um achado incrível: um neoterópode, parte de um clado de dinossauros extintos no final do período Jurássico Inferior.
McMenamin passou ao lado de uma construção e pediu aos trabalhadores para levar umas pedras para que sua esposa utilizasse no jardim de casa. Em seu lar, estranhou a textura de uma das pedras, o que o motivou a testá-la. Para sua surpresa, a rocha continha um osso de cotovelo de um dinossauro neoterópode.
(Fonte: Peter Houde/New Mexico State University/Reuters/Reprodução)
Conhecido como ancestral dos elefantes, os estegomastodontes são parentes do mamute-lanudo. Os fósseis da espécie encontrados no mundo geralmente são fruto de caças pelos primeiros humanos. Quando achados acima do solo, raramente estão intactos. Para sorte da comunidade científica, o garoto Jude Sparks tropeçou em um desses exemplares.
Ele caminhava com a família nas montanhas Organ, no Novo México, quando caiu após chutar algo. Ao olharem de perto, seus pais desconfiaram que ali estava algo especial, e comunicaram aos professores da New Mexico State University. Tratava-se do crânio de um dinossauro da espécie.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Parece roteiro de comédia de Hollywood, mas aconteceu de verdade. E, como o caso anterior, também no Novo México e também com um estegomastodonte. Caminhando por um parque, um grupo de amigos celebrava a despedida de solteiro de um deles.
A princípio, acreditaram ter encontrado o osso de um mastodonte, mas perceberam ser algo maior após começarem a cavar a areia. Então, tiraram uma foto e enviaram para o Museu de História Natural local, onde detectaram se tratar de um estegomastodonte. É o esqueleto mais completo já encontrado de um animal da espécie.
(Fonte: National Chenk Kung University/National Science and Technology Musuem/Yang Zirui/Reprodução)
Em 2022, um grupo de cientistas caminhava por uma selva em Taiwan sem grandes pretensões. Tudo mudou quando avistaram algo que parecia sair do chão, bem no centro da selva da pequena nação insular. Surpresos, isolaram o espaço, comunicaram autoridades e deram início ao processo de escavação, que durou vários meses.
Quando finalizaram, perceberam que haviam desenterrado mais de 70% dos restos mortais de uma antiga baleia azul, com destaque para sua gigantesca mandíbula, que media 2,1 metros. Também estavam entre os fósseis achados seu cóccix, omoplatas e pedaços do crânio.
O trabalho de escavação envolveu oito cientistas, além de sete horas para que o material fosse levado do ponto onde foi achado até a entrada da selva. É o segundo maior fóssil já encontrada na ilha.
(Fonte: Faculty of Sciences of the University of Lisbon/Reprodução)
Quem tem cachorro em casa sabe como eles gostam de brincar de enterrar e desenterrar ossos. Agora, imagine sua surpresa se seu cachorro encontrasse uma ossada no seu quintal. Guardadas as devidas proporções, foi isso que ocorreu em 2017 na cidade portuguesa de Pombal.
Um homem estava reformando sua casa e, durante uma vistoria, notou que ossos saíam do solo de seu quintal. Rapidamente, entrou em contato com as autoridades locais, que iniciaram uma escavação bastante longa: tratava-se de um fóssil de um saurópode.
Já são 5 anos de trabalho para retirar a ossada do animal de 25 metros de comprimento que viveu há cerca de 160 milhões de anos, mas apenas as vértebras e as costelas foram descobertas. É o maior saurópode já descoberto na Europa.