Tornado solar do tamanho de 14 Terras é avistado por pesquisadores

30/03/2023 às 04:002 min de leitura

Um enorme tornado solar, que foi medido no tamanho de 14 Terras empilhadas umas sobre as outras, recentemente assolou a superfície do Sol por três dias consecutivos. Segundo os pesquisadores, o enorme furacão de plasma pode ser um dos maiores já registrados na história e surgiu perto do polo norte da estrela no dia 15 de março — crescendo constantemente até se dissipar no dia 18 do mesmo mês. 

Ao se "sobrecarregar", o tornado cuspiu uma gigantesca nuvem de plasma, ou gás ionizado, no espaço. No entanto, cientistas garantem que o fenômeno não deve atingir o nosso planeta. Então, o que esse evento espacial significa para a nossa existência e como ele acontece?

Tamanho colossal

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Segundo o relato do astrofotógrafo e morador do estado do Arizona, nos Estados Unidos, Andrew McCarthy em suas redes sociais, o tornado solar possuía cerca de 178 mil km de altura. Por conta de sua "explosão", o evento cósmico foi responsável por fazer chover bolhas de plasma "do tamanho da Lua" na superfície solar.

Um estudo de 2013 publicado na revista Solar Origins of Space Weather and Space Climate observou que os tornados solares possuem, normalmente, algo entre 25 mil e 100 mil km de altura. Sendo assim, esse padrão de tamanho seria considerado bem pequeno em relação ao último tornado gigantesco. A pesquisa também releva que esse tipo de fenômeno normalmente se forma em pequenos grupos — outro aspecto que torna esse cone solitário bem incomum.

Ao contrário dos tornados formados na Terra, um tornado solar não é formado pelo vento, mas sim pelo magnetismo. Loops de plasma em forma de ferradura ligados à superfície solar, também chamados de proeminências solares, ficam presos em campos magnéticos de rotação rápida, prendendo e girando o gás ionizado na forma de um tornado.

Causas do magnetismo

(Fonte: GettyImages)(Fonte: GettyImages)

Conforme reportado por outro estudo de 2013, publicado na revista Astronomy & Astrophysics, um tornado solar de 2011 já havia precedido três explosões solares próximas separadas em 10 horas. De acordo com os pesquisadores, é possível que essas explosões enfraquecem o campo magnético em determinada área do Sol, criando uma cavidade coronal em expansão que gira como resultado.

No entanto, essa não é a única estrutura bizarra de plasma que pode ser avistada perto dos polos solares nos últimos meses. No dia 9 de março, uma "cachoeira de plasma" de 99 mil km foi vista perto do polo sul da estrela. A queda da parede de plasma é chamada de "proeminência da coroa polar", um tipo de proeminência solar que colapsa para dentro devido aos intensos campos magnéticos nos polos.

No dia 2 de fevereiro, por sua vez, uma enorme proeminência solar se desprendeu do polo norte do Sol e ficou presa em um enorme e rápido vórtice polar que durou cerca de oito horas. Esses fenômenos peculiares muito provavelmente estão se tornando mais comuns pelo fato da atividade solar ter aumentado de intensidade à medida que o Sol se aproxima de um pico em seu ciclo de 11 anos, conhecido como "Máximo Solar". O ápice desse evento espacial está programado para chegar em 2025. 

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