Estilo de vida
24/12/2024 às 21:00•2 min de leituraAtualizado em 24/12/2024 às 21:00
Quem tem um gatinho em casa sabe bem que eles movem a cauda de várias maneiras, que vão desde tremer em uma posição ereta, balançar de um lado para o outro, até relar o rabo próximo ao chão. Mas além de usar essa parte do corpo para manter o equilíbrio e controlar os movimentos, será que eles também a usam para comunicar algo? E o quê?
A verdade é que especialistas em gatos concordam que os bichanos usam o rabo dentro de um sistema amplo de linguagem corporal, e o usam para comunicar uma gama de emoções. Os gatos podem “falar” o que sentem utilizando seus olhos, ouvidos, corpo e cauda.
De acordo com uma pesquisa publicada no Irish Veterinary Journal, os gatos têm mecanismos diferentes para conseguir expressar emoções como medo, raiva, alegria, satisfação e curiosidade. E uma das maneiras pelas quais fazem isso é justamente utilizando o próprio rabo.
Vale lembrar que a cauda de um gato é um órgão complexo que se destaca pela flexibilidade. Ela possui de 18 a 23 ossos pequenos, conhecidos como vértebras caudais, que se interligam como se formassem uma corrente, o que permite que o rabo se mova em muitas direções.
Assim que o gato experimenta uma emoção, seu cérebro envia sinais para os músculos da cauda através do nervo que os conecta com o sistema nervoso central. "Essa comunicação ocorre quase instantaneamente, permitindo que os gatos movam suas caudas com a velocidade e a precisão da luz", afirma Reda Mohamed, pesquisadora em anatomia animal na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Washington, em entrevista ao Live Science.
No entanto, vale lembrar que outros estudos sugeriram que esse uso da cauda não é universal a todos os tipos de gatos. Um estudo de doutorado que teve como tema a comunicação em gatos domésticos e selvagens trouxe algumas novidades dentro deste tema.
O pesquisador constatou que, embora os gatos selvagens exibissem a maior parte dos mesmos comportamentos sociais dos gatos domésticos, eles eram diferentes em alguns sentidos. Por exemplo, os gatos selvagens não usavam o sinal de "cauda para cima" que é frequentemente visto em gatos domésticos quando estão participando de interações amigáveis.
Essa constatação sugere que provavelmente o sinal de "cauda para cima" foi desenvolvido durante o processo de domesticação dos gatos. Agora, os pesquisadores seguem com suas pesquisas para entender melhor a comunicação dos felinos como um todo.