8 legados incríveis deixados pelas civilizações antigas

Fenícios, hebreus, egípcios, gregos, romanos. Sejam as civilizações ocidentais, sejam as orientais, tratamos como "antigos", segundo os historiadores, os povos que viveram entre os anos 4000 a.C. e 476 d.C., período em que surge a primeira forma escrita criada pelos seres humanos, a cuneiforme, estabelecida aproximadamente em 3500 a.C. na Suméria, atual Iraque.

Como era de se imaginar, diferentes povos, com diferentes costumes, foram responsáveis pela criação e estabelecimento de produtos e itens que se perpetuaram, ficando como um grande legado para as sociedades atuais. Criamos uma lista caprichada com alguns desses legados deixados pelas civilizações antigas.

1. Batom

(Fonte: Cici Andersen/Reprodução)

As civilizações suméria e harapeana, que viveram na região que hoje compreende Iraque, Kuwait, Afeganistão, Paquistão e Índia, foram responsáveis pela invenção do batom, há 5 mil anos. Originalmente, foi utilizado para diferentes propósitos, especialmente na proteção dos lábios perante o sol, mas foi, aos poucos, ganhando contornos sociais.

Os antigos egípcios, por exemplo, utilizavam o batom para deixar claro seu status social, sendo aplicado por homens e mulheres. Chineses da antiguidade também o usavam, mas em seu propósito original.

2. Primeira química

(Fonte: The Archaeologist/Reprodução)

Tapputi foi uma perfumista, considerada a primeira química registrada na história da humanidade. Seu nome foi mencionado em uma tábua cuneiforme datada de 1200 a.C., encontrada na Babilônia, Mesopotâmia. De acordo com os registros, ela ocupou um papel poderoso no governo e na religião local, atuando como superintendente do Palácio Real.

3. Vasos sanitários

(Fonte: Wikimedia Commons)

A civilização harapeana, concentrada na região do Vale do Indo, foi responsável pela elaboração dos primeiros vasos sanitários com descarga, criados entre 3300 a.C. e 1700 a.C. A maioria das residências dos harapeanos nas cidades de Moenjodaro e Harapa possuía um vaso sanitário, habilmente conectado ao sistema de esgoto.

4. Santuário Göbekli Tepe

(Fonte: Wikimedia Commons)

Topo de uma colina no sudeste da Turquia, Göbekli Tepe, em seu ponto mais alto, guarda um antigo santuário com mais de 12 mil anos. Ele antecede as mais antigas civilizações conhecidas em 7 mil anos e é repleto de estranhas esculturas de animais e imponentes pilares de pedra. Até hoje, sua finalidade é desconhecida.

5. Rodas

(Fonte: Wikimedia Commons)

As primeiras rodas criadas por civilizações antigas não tinham como objetivo serem usadas no transporte. Segundo as evidências já encontradas, elas foram criadas para serem utilizadas por oleiros, artesãos responsáveis por fabricar e comercializar objetos feitos de cerâmica, por volta de 3500 a.C., na Mesopotâmia. Seriam introduzidas em carruagens somente 300 anos depois.

6. Mahabharata

(Fonte: Wikimedia Commons)

Mahabharata, também conhecido como Maabárata, é um dos maiores poemas épicos clássicos da Índia, cuja autoria é atribuída a Krishna Dvapayana Vyasa. É, ainda, o mais longo poema já escrito, com 200 mil versos e 1,8 milhão de palavras. Foi transmitido oralmente por séculos, até ganhar uma versão escrita há 2500 anos.

7. Cerveja

(Fonte: Wikimedia Commons)

A origem da cerveja está ligada às antigas civilizações. Escavações na cidade pré-histórica de Godin Tepe, atual Irã, encontraram um vaso de cerâmica datado de 5500 anos. Nele, pesquisadores encontraram oxalato de cálcio, assinatura química da produção de cerveja, o que qualificou o achado como a primeira evidência de fabricação da bebida utilizando cevada. 

Diversas civilizações antigas produziram suas próprias versões, incluindo os babilônios, que chegavam a punir com a morte quem produzisse a bebida fora de padrões estabelecidos.

8. Lentes ópticas

(Fonte: Wikimedia Commons)

Quem utiliza óculos pode agradecer o desenvolvimento das lentes ópticas aos assírios. A lente Nimrud, também conhecida como lente de Layard, é a mais antiga lente já encontrada, encontrada pelo arqueólogo Austen Henry Layard em 1850.

Ela é datada de 3000 anos, e está exposta no Museu Britânico. Após seu surgimento, se espalhou por toda região mesopotâmica, mas sua utilidade é até hoje debatida. Estudiosos sugerem que eram usadas para iniciar incêndios, como decoração ou ferramentas de astronomia.