Artes/cultura
25/04/2023 às 04:00•2 min de leitura
A prata é um metal valioso e versátil que tem sido utilizado desde a antiguidade em joias, moedas e utensílios. Embora a maior pepita de prata já encontrada tenha pesado mais de uma tonelada, é incrível pensar que toda a prata já conhecida no mundo caberia em um cubo de 55 x 55 x 55 metros, mais que o dobro de todo o ouro do planeta.
O minério é amplamente utilizado em aplicações industriais. Os computadores, telefones e carros contêm um pouco de prata, e o metal também é usado em tinta prateada e chips de dispositivos de identificação automática e captura de dados (RFID).
Cerca de 500 mil toneladas de prata ainda esperam para serem descobertas. O Peru tem as maiores reservas de prata do mundo, com a Austrália e a Polônia logo atrás. Atualmente, o México é o maior produtor mundial de prata, seguido por Peru, China, Rússia e Chile.
O Brasil possui poucas reservas de prata. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
A prata é conhecida desde a pré-história e foi um dos primeiros metais a serem descobertos e manipulados pelo homem. Os objetos de prata mais antigos foram encontrados na Índia e datam de 5000 a.C., além de terem sido encontrados em túmulos de Ur de 3500 a.C.
Os alquimistas consideravam a prata como o elemento mais próximo do ouro e a nomearam com a palavra que significa "brilhante" em grego e latim. A prata foi a responsável pela riqueza de Atenas, que exploram mineração de metal na Grécia desde 1000 a.C. até a época do Império Romano.
A prata começou a ser extraída largamente na Anatólia por volta de 3000 a.C. Desde então, a mineração se espalhou por todo o mundo. A maior parte do metal foi extraído na Espanha no ano 100, mas a descoberta de prata nas Américas aumentou a produção.
A prata é encontrada em associação com o chumbo e o cobre. (Fonte: GettyImages/Reprodução)
A prata é encontrada na natureza em forma de minérios, que são rochas contendo compostos de prata. O método mais comum de extração da prata é a mineração subterrânea, onde a prata é extraída das veias de minério por meio de técnicas de perfuração e explosão.
Após a extração do minério, ele é levado para uma planta de processamento, onde é moído em partículas finas e misturado com produtos químicos que ajudam a separar a prata de impurezas.
Em seguida, o minério é submetido a um processo de flotação, que separa a prata dos demais minerais. Depois, é purificada por eletrólise ou lixiviação. Por fim, a prata é refinada para remover quaisquer traços de impurezas restantes e pode ser moldada em diferentes formas para uso em diferentes aplicações.
A maior pepita de prata da história foi extraída em 1894 na mina Smugglers, nos Estados Unidos. Ela pesava mais de uma tonelada e era tão grande que teve de ser quebrada em três partes para ser transportada.
A pepita continha entre 93 e 96 por cento de prata pura, e mesmo considerando o preço atual da prata por grama, ela ainda valeria mais de meio milhão de dólares. A maior parte da pepita foi derretida, mas uma pequena peça pode ser vista em exposição no Museu de Denver.