Por que os pneus têm pelinhos de borracha?

Os pneus carecas são um verdadeiro risco à vida, facilitando os derrapamentos de veículos e favorecendo os acidentes de trânsito. Um pneu novo, além dos sulcos que escoam a água e evitam a aquaplanagem, vem com alguns “pelos” que acabam servindo para mostrar que o item ainda não foi utilizado.

Algumas pessoas, entretanto, se sentem incomodas com o cabelinho dos pneus e resolvem retirá-los. Isso pode ser feito com uma tesoura bem afiada ou com materiais abrasivos, com o cuidado de não remover a borracha do pneu e a afetar a integridade estrutural do produto. Certos fabricantes, inclusive, realizam esse processo ainda na indústria.

Mesmo que não seja retirado, o cabelinho acaba sendo removido naturalmente à medida que a borracha se desgasta em contato com a pista, sem prejudicar a funcionalidade do pneu. Na verdade, o pelinho não tem nenhum impacto no desempenho do produto, seja na aderência ao solo ou na emissão de sons.

Como são formados os pelinhos de borracha?

O cabelinho do pneu é um resquício do processo de fabricação. (Fonte: Toyo Tires/Divulgação)

Os pelinhos de borracha presentes nos pneus dos carros são conhecidos como aberturas de ventilação ou bigodes de pneu. Eles são resquícios do processo de fabricação e surgem quando o molde do padrão da banda de rodagem é pressionado no pneu.

Durante a vulcanização, que é o processo em que a borracha bruta é aquecida e moldada, ocorre um vazamento de borracha por pequenas aberturas no molde. Quando a borracha esfria e solidifica, os minúsculos fios ou cabelos permanecem presos à superfície do pneu.

Esses pelos são importantes para garantir que não haja gases presos ou bolhas de ar no pneu, o que poderia comprometer sua integridade estrutural e desempenho. Mas depois que saem da fábrica não afetam a direção ou a segurança.

Quando um pneu deve ser substituído?

Os pneus carecas apresentam riscos para a dirigibilidade e segurança dos veículos. (Fonte: Getty Images)

A substituição de pneus desgastados ou danificados é uma questão de segurança e deve ser tratada com seriedade pelos motoristas. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) determina que o item deve ser substituído quando a profundidade dos sulcos da banda de rodagem atingir 1,6 mm. Essa medida vale para todos os sulcos do pneu, e não apenas para um ou alguns deles.

Caso o pneu apresente bolhas ou deformações, é recomendável que seja substituído imediatamente, independentemente da profundidade dos sulcos. Esses problemas podem comprometer a estrutura do pneu e afetar negativamente a dirigibilidade do veículo, colocando em risco a segurança do motorista e dos passageiros.

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Não há uma validade definida para pneus, mas é recomendável que sejam substituídos a cada 5 anos, mesmo que não tenham sido muito utilizados. Isso porque o processo de envelhecimento dos pneus é influenciado por fatores como temperatura, umidade e exposição à luz solar, e mesmo sem utilização podem sofrer danos internos que afetam a vida útil.